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Sequestrador, defendido pela esquerda, tinha passagem por estupro e Maria da Penha

Como fica a narrativa agora, esquerdalha?

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Neste momento, enquanto a maioria não mais silenciosa deste país comemora o desfecho, sem inocentes feridos, do sequestro ao ônibus no Rio de Janeiro, outros reféns, de si e de suas ideologias, lamentam. Planejam uma defesa de um sequestrador cujas ações anteriores às de hoje são frontalmente contrárias às que os próprios juram defender: ele era condenado por estupro e pela lei Maria da Penha. Não parece, portanto, um defensor dos "direitos das mulheres".

Toneladas de auto-culpa, um contorcionismo moral que nem o Cirque du Soleil seria capaz, tentarão, acredite, nos convencer de que este sujeito, que afrontou a liberdade de dezenas de cidadãos inocentes, ignorando o "meu corpo, minhas regras", é a vítima. Não duvidem se um documentário usando a Lei Rouanet for feito exclusivamente para isto: dividir a culpa, enquanto sociedade, por este pobre senhor, vítima dos fatos e das injustiças mundanas, ter tido a vontade de sequestrar trabalhadores, num dia útil, no meio da ponte Rio-Niterói. Aliás, não há ponte capaz de ligar o pensamento "baixogaveano" à realidade, aparentemente.

Décadas de valores invertidos conseguiram criar este monstro coletivo disforme, que não consegue mais comemorar livremente a hora certa de um dia errado.

Meninos incentivados a serem meninas, e vice-versa, crianças doutrinadas a não criarem a ideia de certo e errado. Até a brincadeira de "Polícia e Ladrão", virou politicamente incorreta. Nada disso é à toa. O objetivo é apagar quaisquer fronteiras entre o bem e o mal. Um escritor russo já nos alertava: "sem Deus, tudo é permitido".

Estivemos atolados na lama, reféns dentro de nossas próprias casas, por muitos anos de desgovernos de esquerda. Sem podermos vibrar diante de uma vitória como essa. Fingindo que enlouquecemos com eles, e que perdemos nossas referências -- como eles. O mau-humor que se instalará na imprensa, hoje, nada mais será do que esta percepção: nossos reféns se libertaram. Livres das amarras ideológicas, podem voltar a parabenizar policiais dignos de todas homenagens possíveis. O tiro, hoje, não saiu pela culatra.

No Rio de Janeiro, é preciso celebrar: cai um inimigo. Batalha ganha. Amanhã, a guerra continua.

da Redação Ler comentários e comentar