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Bonnie & Clyde tupiniquins: o gangster Garotinho e Rosinha, a sua companheira de peripécias da corrupção

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Ao que se sabe, desta vez Garotinho não deu chilique.

Acostumado, o gangster se resignou e foi em cana na moral.

Junto com ele, sua companheira nas peripécias da corrupção: Rosinha também dançou.

Outros peixinhos também foram presos: Sérgio dos Santos Barcelos, Ângelo Alvarenga Cardoso Gomes e Gabriela Trindade Quintanilha.

A Operação do Ministério Público do Rio de Janeiro que enjaulou a quadrilha investiga o superfaturamento de contratos de mais de um bilhão de reais realizados entre a construtora Odebrecht (sempre ela) e a prefeitura de Campos dos Goytacazes.

Para quem não lembra, a ilustre Rosinha foi prefeita dessa cidade durante 2009 e 2016.

Justamente a época do superfaturamento de construção de casas populares que rendeu a bagatela de 62 milhões em propina para os gajos da gangue.

O embuste foi delatado por dois executivos da empreiteira em acordo de delação firmado com a Lava Jato.

No caso sujo, tudo foi manipulado desde a 'vitória’ armada da Odebrecht pelo governo Rosinha na licitação para a construção das tais moradias.

Resumindo o imbróglio: a Odebrecht venceu feliz, recebeu pelo contrato superfaturado e pagou a caixinha devida aos meliantes.

Ah, as obras?

Bom, as tais obras das 'casas populares’ foram iniciadas.

O que não quer dizer absolutamente que foram concluídas, é claro.

Não foram.

Estão por lá, apodrecendo, provavelmente.

Quanto aos 62 milhões, produto da labuta dos impostos do povaréu suado, claro que sumiram nos buracos sem fundo dos bolsos da dupla do barulho e seus comparsas.

Grana que daria pra construir escolas.

Ou cadeias, para prender mais escroques como esses.

Foto de Marco Angeli Full

Marco Angeli Full

https://www.marcoangeli.com.br

Artista plástico, publicitário e diretor de criação.

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