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A indicação de Aras é discutível, mas não convém fazer o jogo de oportunistas que querem uma direita desorientada (veja o vídeo)

Aras na PGR: A arte do possível

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Muita gente estranhou a indicação de Augusto Aras para a Procuradoria Geral da República, devido ao seu passado de esquerda. Mas a política é a arte do possível. Não adianta idealizar a realidade.

É preciso comparar o nome de Aras com os da lista tríplice e entender o que está por trás dela: uma espécie de sindicato de procuradores de viés progressista que tentam influenciar uma escolha que, segundo a Constituição Federal, é exclusiva do Presidente.

Só que a escolha do Presidente é sujeita à aprovação do Senado. Um nome muito conservador e vindo de fora da lista tríplice teria pouca chance de aprovação. Só geraria desgaste sem resultado.

Aras tem sim um histórico ligado à esquerda, mas é aparentemente moderado e de uma esquerda pouco simpática às pautas progressistas que contrariam os principais valores que norteiam o Governo: Deus, Pátria e Família.

Se não dá para ter tudo, Bolsonaro priorizou o que considera mais importante. É uma escolha discutível, mas não vejo como erro. Vejo como o melhor possível dentro de um contexto complexo.

Vale dizer que Bolsonaro é humano e não está livre de errar. Na verdade, é provável que erre ao longo do mandato. Mas para quem, como eu, já votou até no Aécio para evitar o PT, não é isso que me fará parar de apoiá-lo.

Quem até outro dia estava votando em tucano para evitar petista deveria pensar duas vezes antes de jogar pedra em Bolsonaro. Entender isso não é dar apoio cego a ele. É ter senso de prioridade. Pois tudo que a esquerda precisa é de uma direita abalada e desorientada. Prestem atenção em quem está explorando isso.

Confira a análise completa no vídeo:

da Redação Ler comentários e comentar