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J. R. Guzzo, impagável, textos curtos e precisos, umas joias de síntese da situação nacional

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J. R. Guzzo sempre foi e continua sendo um brilhante articulista. Nas redes sociais é gratificante acompanhar seus textos curtos, precisos, umas joias de síntese da situação nacional. Compilei vários destes textos e os listo abaixo. Quando sinto que é pertinente, lasco um comentário entre colchetes, ou simplesmente faço um destaque.

1. SOBRE O GOVERNO BOLSONARO

“O novo PGR tem um lado ‘A’ e um lado ‘B’. No lado ‘A’ é amigo do PT, acha Che Guevara lindo e supõe que a prioridade da justiça brasileira é proteger os direitos da ladroagem. No lado ‘B’ é o contrário disso tudo. Só vai mostrar quem é, de fato, quando começar a tomar decisões.”

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“Fernando Henrique diz que ‘pediria demissão’ se fosse Moro. É apenas uma bobagem, visto que ele não é Moro. O que FHC realmente quer é que Moro saia - e que isso crie uma crise capaz de arrebentar com o governo. É o sonho de muita gente boa - e da União Nacional Anti-Erário.”

[FHC, é bom não esquecer, é aquele cara que, apavorado – leiam a História Real de Gilberto Dimenstein e Josias de Souza, criou – por ordem de Itamar – uma comissão (mais uma, pensava!) para elaborar um plano contra a inflação, que segundo ele acreditava, daria (como os antecessores) com os burros n’água e selaria o fim de sua carreira política. Deu tudo diferente do que pensava, graças à competência da equipe – que, de resto, já trabalhara nos planos anteriores. Até na montagem da equipe, FHC não foi original. Paro por aqui para não interromper Guzzo demais]

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“A mídia brasileira parece ter assinado um pacto coletivo de suicídio. Decidiu se transformar em partido político, ou numa seita de ideias mortas: em vezes de fatos, publica seus desejos. Para garantir a perda de público, está fechada com a minoria - o Brasil derrotado na eleição.”

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“O economista Armínio Fraga é um clássico no gênero pessoa ‘importante’. Não se sabe se a obra do homem é boa ou ruim, ou sequer se ele tem uma obra. Mas é ‘importante’. Por isso, sai no jornal sempre que abre a boca. Bolsonaro é uma ‘ameaça à democracia’, diz ele. A Terra treme.

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“A mídia que sonha com a volta ao passado perde o seu tempo e as suas esperanças ao ignorar o que Antonio Palocci está contando em sua delação. O que ele diz não aparece no noticiário. Mas aparece nos autos, por escrito, palavra por palavra — e dali não vai sair nunca mais.”

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2. SOBRE A FACÇÃO PRÓ-CRIME DO STF, TAMBÉM CONHECIDA COMO SEGUNDA TURMA

“A facção pró-crime do STF mudou o Direito Universal: em processos onde haja ladrão petista e mais que um réu, ninguém pode ser condenado. A lei diz que os réus têm o direito de falar por último. Mas como não dá para todos eles falarem ao mesmo tempo, nenhuma condenação vai valer.”

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“Gilmar, Lewandowski, Carmen (nova sócia da facção) inventaram que a partir de agora existem no Brasil dois tipos diferentes de réu nos crimes de corrupção: o réu-delator e o réu-delatado, como observou o jurista Walter Maierovitch. O réu-delatado tem mais direitos que o outro.”

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“A infame Segunda Turma do STF [a tal facção Pró-Crime] provou de novo que chega a qualquer extremo na defesa da corrupção: inventou uma decisão 100% ilegal para anular a sentença que condenou um ladrão da Petrobras e Banco do Brasil. Desta vez, não usou a lei para negar a justiça. Rasgou a lei, direto.”

[O bandido da vez, beneficiado pela infame Segunda Turma, é Aldemir Bendine, ex-presidente do BB e da Petrobras, nesta última colocado por Dilma. Ele pedira R$ 15,0 milhões à Odebrecht para facilitar contratos entre a empreiteira e a Petrobras. Levou R$ 3,0 milhões e, por isso, foi condenado por Moro (que não perseguia apenas Lula!) a 11 anos de cana. Em todos os países civilizados do mundo, isto seria suficiente para mantê-lo na cadeia cumprindo a pena integral. Não no Brasil! Muito menos no Brasil da infame Segunda Turma do STF, agora com mais uma adesão: Carmen Lúcia. Cumpridos apenas dois anos (dos onze a que foi condenado) a infame Segunda Turma do STF - também conhecida como facção pró-Crime do STF - entendeu que ele estava preso por tempo “excessivamente longo” (dois anos!) e o mandou para casa para melhor usufruir do produto(s) do(s) roubo(s) que cometera.]

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3. SOBRE A AMAZÔNIA, TÃO AMBICIONADA POR MACRON

“Não existe nenhuma região ‘internacionalizada’ em nenhum país livre do mundo - muito menos com 5 milhões de km2, como a Amazônia. As sugestões do presidente Macron de transformar a área em “território da humanidade” são um gigantesco nada. Nenhum governo adulto leva isso a sério.”

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“O discurso de Bolsonaro sobre a Amazônia deixou mudos os inimigos. Esperavam gritos e grosseria. Ouviram equilíbrio, bom senso e compromissos de fazer a coisa certa. Quem ficou no papel de menino histérico foi Macron. Sua foto falsa sobre a Amazônia ‘em chamas’ foi um erro fatal.”

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“O presidente Macron diz que a Amazônia ‘arde em chamas’. Não é uma mentira: é uma alucinação. Também diz que há ‘uma crise internacional’, que exige ‘intervenção’. Não é uma declaração de guerra ao Brasil: é um surto psicótico. A ‘resistência’ anti-Bolsonaro festeja: agora vai!"

[Macron não conseguiu evitar o incêndio na Notre Dame. Verificado o incêndio, não foi competente para dizimá-lo em tempo, antes que o fogo dizimasse aquela fabulosa obra medieval. Foi este sacripanta que se arvorou em bombeiro para combater os incêndios na Amazônia, desde que o Brasil lhe cedesse a soberania, claro.]

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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