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O Foro de São Paulo contra-ataca e o Brasil pode ser a próxima vítima

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No Chile, o gatilho para a balburdia que lá ocorreu foi um aumento de 3,75% (menos de 10 centavos de real) nas passagens de metrô.

Ou seja, razão nenhuma para o violento quebra-quebra que chegou a ceifar a vida de alguns. Mesmo assim, Sebastián Piñera nada entendeu, voltou atrás no aumento “exorbitante” de 3,75% e ainda pediu desculpas à Nação chilena.

Piñera parece ter dificuldade para entender coisas simples, tanto que recentemente se pôs ao lado de sua conterrânea, a comunista Michele Bachelet, numa discussão com Bolsonaro sobre “direitos humanos de bandidos”.

No Equador a violência teve como “razão” o fim do subsídio aos combustíveis, para reduzir o déficit público, já insuportável.

Em ambos os casos há sólidas suspeitas de que agentes cubanos/venezuelanos atuaram (atuam) como promotores/financiadores das violências.

Os objetivos, em ambos os casos, são os mesmos: a desestabilização dos atuais governos conservadores e o retorno dos anteriores de esquerda - que foram derrotados nas urnas - com o realinhamento à doutrina do Foro de São Paulo (criado por Lula, Fidel e Chaves) que visa a comunização da América Latina.

Há inteligência no Brasil a indicar que tais movimentos estão em organização por aqui. Faz bem o governo brasileiro ao se antecipar para atacar de frente a organização do Foro de São Paulo que tem, no Brasil, apoiadores notórios: PT, PCdoB, várias “organizações sociais”, etc. /1/

Na Bolívia, por decisão da Justiça Eleitoral, a apuração das urnas foi interrompida quase ao fim, quando mostrava forte tendência para um segundo turno. Quando foram reabertas as urnas – surpresa! surpresa! – a tendência havia sido revertida, dando ao aprendiz de ditador Evo Morales, um quarto mandato de cinco anos. Evo Morales já está no poder há 15 anos, contrariando um dos postulados básicos da democracia: a alternância de poder. Não contente, deseja chagar aos 20 anos – pelo menos! - no poder!

Um início de revolta já se verifica, com a queima da fachada do Tribunal Eleitoral de Sucre, a 700 km de La Paz. Neste caso trata-se de uma revolta cívica, que se contrapõe à eternização do poder – que fere mortalmente a democracia - por meios artificiosos. Trata-se de uma reação legítima do povo à ação sub-reptícia do Foro de São Paulo na Bolívia.

Por falar em queima da fachada do Tribunal eleitoral de Sucre, será que a nossa Suprema Corte Tabajara Federal não se manca? Será que não pensa ser o povo capaz - levado à extrema injúria com o golpe judiciário à Justiça que estão tramando com a nova discussão sobre prisão após condenação em segundo turno - de incendiar aquilo que Guzzo chamou de o “pior tribunal superior em funcionamento em todo o mundo civilizado em toda a nossa história.”? /2/

REFERÊNCIAS:

1. https://renovamidia.com.br/bolsonaro-manda-exercito-se-preparar-para-uso-do-artigo-142/

2. https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/16861/o-artigo-de-jr-guzzo-que-aniquila-o-stf-censu...

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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