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Otimismo ufanista: Tudo no governo está funcionando e dando certo

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Na enxurrada de boas notícias que nos cercam, e chegando ao fim o 1º ano do Governo, é hora de fazer um pequeno apanhado.

Sempre soube que a área econômica faria um bom trabalho, e que o país se recuperaria; só não imaginava que seria tão rápido assim, e de uma maneira tão consistente.

Tudo no Governo está funcionando. Todos os setores começando a apresentar resultados. O dinheiro está aparecendo. Até as jurássicas empresas públicas (estatais) deram lucro.

Houve enormes avanços na Infraestrutura, que alavancarão as nossas exportações de grãos e produtos agrícolas, e farão crescer a produção industrial do país, pela melhora na logística.

Houve aumento nos índices de segurança pública, com uma queda de mais de 30% dos índices de violência, um resultado poucas vezes visto no mundo.

Na educação, o ensino começa, pela primeira vez em 40 anos, a ser “deserquerdizado”, e podemos enfim pensar que o sistema educacional passará a ser finalmente guiado pela meritocracia.

Por outro lado, no plano internacional, quem não percebe a mudança de patamar no trato para com o Brasil é um cego, ou alguém que não consegue interpretar as coisas ao seu redor.

Com efeito, o Brasil desse último ano mudou tanto, que Lula foi solto na semana passada e ninguém, a não ser os criminosos que ainda o apoiam, e o seguem onde quer que ele vá, liga para o que ele faz ou deixa de fazer.

E o melhor disso tudo: estamos há um ano sem corrupção. Temos hoje um Governo trabalhando com a filosofia de que os seus integrantes possuem uma missão, uma tarefa a cumprir, e não mais que precisam abastecer caixas de partidos, de acordo com o projeto de Poder traçado, e encher os próprios bolsos.

Quem sabe a partir de agora os políticos criem, enfim, um sentimento patriótico de que devem servir o país (e o Estado), e não o inverso? Esse sentimento, se aflorar, levará para a política melhores nomes, de pessoas mais capacitadas tecnicamente, ao invés de oligarcas estúpidos e incultos.

Mas, obviamente, inobstante todos esses fatos positivos, tem um setor que atualmente só reclama: a esquerda e a extrema-imprensa.

E qual o problema? Deles não esperávamos outra coisa mesmo... Não sejamos ingênuos, ao nos surpreender com um comportamento que sabíamos exatamente como seria.

Democracia é isso. Deixemos que falem. Mesmo os rancorosos e amargurados. Mesmo os ressentidos e fracassados. Mesmo os que torcem contra o país.

É difícil saber onde acaba o otimismo, e onde começa o ufanismo. É uma linha tênue, que faz com que as duas coisas se misturem. Temos até que tomar cuidado para não perdermos o senso-crítico, tamanha é a euforia.

A verdade é que o Brasil é uma grande locomotiva. E eu quero estar sentado no meu vagão, junto com os meus compatriotas, aproveitando a viagem, e não, ao invés, no meio dos que inutilmente jogam pedras quando o trem passa.

Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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