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Uma vez Flamengo... (o Brasil na final da Libertadores)

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Flamengo. Não sei explicar. Não é uma opção. A gente nasce Flamengo e vai com ele até morrer.

Não é passageiro. É uma disposição emocional crônica que está conosco nas alegrias e nas tristezas, independentemente do momento ou circunstância.

Uma devoção sem idolatria. Geralmente ligado à alegria, ao entusiasmo, à satisfação. Tudo com raça, amor e paixão!

É uma sensação leve, boa, de quem sai de um banho de mar ou da brisa que sopra no fim de um dia quente refrescando os ambientes.

O flamenguista pode viver em qualquer lugar do mundo pois sempre leva o Flamengo junto.

Aos menos atentos parece ser somente um time de futebol.

Onze atletas correndo na disputa de uma bola. Mas é muito mais que isso.

É um bom humor irônico e fino que beira o deboche leve de quem saber rir, se divertir com pouco e se ver feliz mesmo nas horas e momentos difíceis.

De quem sabe que as aflições existem, mas que tem a certeza de que são os lírios dos campos que sempre são bem cuidados.

Uma disposição, um ânimo, um entusiamo, uma escolha pela felicidade, que se sintetiza no entorno de um Clube, que honra vários esportes.

De quem sabe que a riqueza não está no luxo e que nem a pobreza nem a aflição podem habitar a alma de nossa torcida.

Nossas cores distribuídas em listas alternadas expressam o sangue que é símbolo do amor e da vida e no negro que nos remete necessidade de superar as dificuldades do combate sem parar, até o fim!

Somos tudo o que todos vivemos no dia a dia. Ao mesmo tempo uma síntese e uma antítese. Nem mais, nem menos!

Nosso mascote não é uma águia, nem um pavão. Muito menos um curió encantador. É um urubu.

Essa ave tão desprezada, discreta e humilde, que embora não seja das mais belas nem festejada, é fundamental na natureza, e que vivendo num quase silêncio, mantém o ambiente hostil em que vive, sempre limpo.

Quando voa, sequer precisa de ventos, pois se vale das térmicas para planar sempre lá bem no alto.

Somos o mais querido. E isso não nos faz melhor nem maior que ninguém. Mas somos especiais.

Nossos cantos ecoam pelo mundo inteiro falando da alegria de ser rubro-negro. E isso nos basta!

Talvez, como protegidos de São Jorge, sejamos uma Nação de guerreiros. Daí porque somos Flamengo!

E o nosso maior prazer, é vê-lo brilhar!

A nossa glória, é lutar!

Então, ai Jesus, valei-nos!

Foto de Luiz Carlos Nemetz

Luiz Carlos Nemetz

Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz

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