Piloto que salvou Hulk e família admite que não está preparado para voltar a voar

A ANAC destacou que não suspendeu a licença de nenhum dos pilotos envolvidos no incidente.

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O piloto Osmar Frattini, de 52 anos, que realizou o pouso forçado do avião que transportava a família de Angélica e Luciano Huck no último domingo, ficará afastado do cargo até renovar seu Certificado Médico Aeronáutico (CMA). 

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o procedimento é padrão - sempre que um piloto se envolve em acidente ou incidente aeronáutico grave, deve refazer os exames. O objetivo, de acordo com o órgão, é assegurar, via laudo médico, que o piloto continua possuindo todas as capacidades físicas e mentais para prosseguir na operação de aeronaves, visando a segurança das operações. 

O próprio piloto confessou que, no momento, não está em condições psicológicas de voar novamente.

- Estou abalado pelo que aconteceu, é natural. Quem espera que uma coisa dessas vá acontecer, né? Mas, graças a Deus, tudo terminou bem - desabafa.

Ontem (27), Osmar se reuniu com representantes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), órgão vinculado à Aeronáutica. Segundo o piloto, os exames médicos serão marcados pela ANAC, mas ainda não há previsão de quando serão realizados. Ele informou que a empresa em que trabalha, a MS Táxi Aéreo, se comprometeu a pagar os custos dos exames e da viagem até São Paulo, onde devem ser feitos. Osmar diz que não sabe se continuará recebendo remuneração durante o período em que ficará afastado do cargo.

Em nota, a ANAC destacou que não suspendeu a licença de nenhum dos pilotos envolvidos no incidente mencionado. Segundo a agência, a suspensão de uma licença em casos de acidente/incidente só é feita quando o CENIPA solicita, em razão das investigações da ocorrência, o que não aconteceu.

da Redação Ler comentários e comentar