A Fifa é profissional, a máfia é amadora...

Os dirigentes da Fifa são verdadeiros sanguessugas grudados na jugular do futebol

Ler na área do assinante

Há 13 anos o jornalista escocês Andrew Jennings comprou uma guerra com a mais poderosa instituição esportiva do mundo, a Federação Internacional de Futebol (Fifa). Em 1998, ele começou a investigar as relações entre empresas e dirigentes da Fifa. Descobriu eleições compradas, manipulação de resultados de jogos e negociatas para a escolha de países-sede da Copa do Mundo. Reuniu tudo em um livro, recém-lançado no Brasil: Jogo Sujo, o mundo secreto da Fifa. “São negócios que fariam corar a máfia italiana”, afirma Jennings. Em entrevista concedida à revista "Época" ele descreve com propriedade todo o nebuloso escândalo do futebol, que começou a ser desvendado com as prisões dos "mafiosos" dirigentes da Fifa.

De outro lado, de acordo com o FBI, pelo menos duas gerações de dirigentes de futebol usaram as suas posições para solicitar subornos de empresas esportivas por trocas de direitos comerciais sobre torneios. 

A Procuradora americana Loretta Lynch comparou Fifa à máfia e a cartéis de drogas e detalhou que a próxima etapa do processo será pedir a extradição dos acusados aos Estados Unidos, para que sejam julgados. Sobre a investigação, o diretor do FBI, James Comey, afirmou que o processo não foi finalizado. “É apenas o começo do esforço contra a corrupção no mundo do futebol”, disse. Conforme o diretor, o esporte foi “sequestrado pelos envolvidos no escândalo”.

Em entrevista coletiva, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, os diretores do IRS, Richard Weber, e do FBI, James Comey, apresentaram detalhes sobre a investigação de esquema de corrupção, extorsão e lavagem de dinheiro em um período de quase 24 anos. Pelo menos U$150 milhões foram usados nas transações investigadas.

o diretor do FBI, James Comey, afirmou que o processo não foi finalizado. “É apenas o começo do esforço contra a corrupção no mundo do futebol”, disse. Conforme o diretor, o esporte foi “sequestrado pelos envolvidos no escândalo”.

“O futebol é um belo jogo, o gramado está disponível para todos, ricos ou pobres, homens e mulheres. A verdadeira vítima é o futebol. Essas pessoas conseguiram tirar muito dinheiro graças ao amor que esse esporte desperta”, concluiu.

A investigação inclui as negociações para a Copa do Mundo 2014 no Brasil. As autoridades suíças revelaram ter instaurado uma investigação sobre a escolha das sedes dos mundiais de 2018 e 2022, Rússia e o Catar, respectivamente.

A Fifa dá, no mínimo, US$ 250 mil por ano para cada país investir em futebol. Na Europa esse dinheiro é irrelevante. Mas nos paises mais pobres representa uma pequena fortuna. Por isso a reeleição de Joseph Blatter está garantida. Ele tem maciço apoio das federações mais pobres.

da Redação Ler comentários e comentar