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Eventual participação de Capez em 'escândalo da merenda' será uma decepção para o mundo jurídico

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O deputado estadual Fernando Capez, atual presidente da Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, é dono de um curriculum invejável e de um talento que exala brilhantismo.

Em 1988, com apenas 24 anos de idade, foi o primeiro colocado no concurso público para o Ministério Público de São Paulo. Na qualidade de promotor de justiça teve uma carreira admirável, digna de elogios e idolatria, sendo considerado o maior fenômeno brasileiro no Tribunal do Juri, dono de uma oratória impecável e de uma incomparável inteligência.

Atualmente é procurador de justiça, afastado de suas funções em função do exercício de cargo público eletivo.

E foi justamente sua atuação no Ministério Público que o credenciou para eleger-se deputado estadual, exercendo o terceiro mandato.

Capez é formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), Mestre pela USP e Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC). Tem diversos livros publicados, principalmente nas áreas de Direito Penal e Processual Penal. É coordenador das Coleções “Estudos Direcionados” e “Pockets Jurídicos” e autor da Coleção “Direito Simplificado”, publicadas pela Editora Saraiva.

Uma carreira sólida e irrepreensível.

Entretanto, surpreendentemente, no decorrer desta semana, três investigados pela Operação Alba Branca do Gaeco, ligaram o nome de Fernando Capez (PSDB), e do ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB) Luiz Roberto dos Santos, conhecido como "Moita", ao suposto esquema de fraudes na compra de produtos agrícolas destinados à merenda escolar da rede estadual de ensino paulista. Interceptações telefônicas mostram que o deputado tucano é chamado de "nosso amigo" pelos intermediários de propinas.

Em depoimento, os funcionários da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) afirmaram que a propina chegava a ser de 25% dos contratos. Eles relataram como eram feitos as entregas de pacotes de dinheiro, depósitos em contas e acertos em postos de combustível às margens de rodovias.

Fernando Capez, com a mesma veemência que se notabilizou no tribunal do juri, negou envolvimento na fraude.

“Nunca ouvi falar disso. Levei 30 anos para construir meu nome e não vou deixar que nenhum vagabundo o destrua. Não tenho absolutamente nada a ver com isso e vou até o fim para provar isso”, afirmou.

Vamos aguardar.

Amanda Acosta

redacao@jornaldacidadeonline.com.br

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