Lobista que pagou filho de Lula era assíduo frequentador do Planalto, admite ex-ministro

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O ex-ministro Gilberto Carvalho, investigado na Operação Zelotes, disse nesta segunda-feira (25), em depoimento na 10ª Vara Federal do Distrito Federal, que o lobista Mauro Marcondes, aquele que pagou R$ 2,5 milhões para Luis Claudio Lula da Silva, frequentava reuniões no Palácio do Planalto, e, pelo menos numa delas, estava o ex-presidente Lula. 

'O senhor Mauro participou de uma reunião no gabinete com representantes de várias montadoras. Os contatos que eu tive com ele no gabinete eram mais relativos a pessoas, chefes de multinacionais, que ele trazia para falar com o presidente Lula.', declarou. 'É comum numa sociedade democrática a presidência se relacionar com representantes de empresas e políticos.'

Carvalho foi chefe de gabinete do ex-presidente Lula e secretário-geral no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

Gilberto Carvalho foi citado por vários personagens envolvidos no esquema e o seu nome aparece em uma agenda do lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS. 

Em contrapartida, Gilberto Carvalho sustentou que é 'absurda' a acusação do Ministério Público Federal, que investiga favorecimento de montadoras de automóveis na elaboração e aprovação de medidas provisórias (MPs) por meio do pagamento de propina a lobistas e agentes públicos.

Porém, o reconhecimento por parte do ex-ministro, de que Marcondes realmente tinha trânsito no Planalto, reforça ainda mais uma eventual delação premiada do lobista, ora em negociação bastante adiantada e que poderá ser firmada nos próximos dias com o Ministério Público Federal.

da Redação

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