Um depoimento de uma amiga: “nossa sociedade por 30 anos foi triturada por gorjetas em blitz”

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Ontem, depois que uma amiga querida leu o meu texto chamado “uma breve reflexão sobre aliados e lealdade e o posicionamento de Ronaldo Caiado”, veio conversar comigo pelo WhatsApp a respeito desse momento por que passamos.

O que ela disse foi tão impactante, e me tocou tanto, que merece ser colocado aqui, nesse meu espaço (com as revisões e correções adequadas, considerando que estávamos, lá, no ambiente informal de “conversa de zap”), para que a mensagem atinja mais pessoas.

Eis o que ela falou:

“Perfeito, Guillermo.
Ontem fiquei horas refletindo não somente nas traições, como também nessa geração que diz que nós, os pais, somos fanáticos por Bolsonaro. Pensei em escrever sobre como essa geração não entende o que o Bolsonaro representa, e que eles nunca vivenciaram no país valores éticos e morais.
Nossa sociedade por 30 anos foi triturada por gorjetas em blitz, jovens bebendo na direção, total alienação política, vida fácil com seus pais; por outro lado, a periferia crescendo no meio de uma avalanche de drogas e prostituição.
Temos uma classe baixa sem nenhuma vontade de melhorar de vida, encostada em programas governamentais. Infelizmente a maioria que tem um emprego não gosta de trabalhar. Eu mesma já cansei de oferecer cursos para as funcionárias, mas nunca quiseram.
Por outro lado, o que nos restou de classe média, e os que não são funcionários públicos e sim trabalhadores como eu, vislumbramos com a vinda de Bolsonaro um patriotismo esquecido. E agora escutamos de nossos filhos que “ele não é Jesus.”
Não sei se deu pra entender o 'mix' de pensamentos que brotam na minha cabeça. É a frustração de ver como eles não enxergam que é a chance que temos de não voltarmos para toda a imundície onde o Brasil morou e se acomodou por anos."

Como eu já falei em algumas oportunidades, já é mais do que chegada a hora de as pessoas enxergarem que, com a eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República, estamos diante de nossa única e última oportunidade de mudar; não teremos outra chance jamais.

É preciso que todos se conscientizem disso, e percebam o que ocorre: de um lado está esse sentimento que aflorou não só na minha amiga, no seu relato sincero transcrito acima, de querermos todos construir um novo Brasil, diferente de tudo o que vimos nos últimos 30 anos, que levou nossa sociedade à decadência; de outro, o desespero do velho sistema oligárquico de esquerda brasileiro para fazer as coisas retornarem ao local de onde ele [o velho sistema] entende que elas nunca deveriam ter saído (Brasil “pré-eleição de 2018” para trás).

Por isso, meus caros, temos que fazer isso tudo aqui dar certo, sem perdermos tempo com questões paralelas ou pequenez.

Temos que continuar apoiando o Presidente da República, que luta uma guerra política praticamente sozinho, com apoio apenas de “nós, o povo”, e alguns poucos parlamentares que são leais a ele, para conseguir construir um modo de governar novo, sem corrupção, sem fisiologismo, sem “toma-lá-dá-cá”, e com pessoas imbuídas de patriotismo e dever cívico.

É tempo de todos enxergarem o que está acontecendo no Brasil, e valorizarem o que conseguimos no país nesses últimos dois anos. Repito: não teremos outra chance igual a essa nunca mais.

Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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