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A desorientação científica e a dócil massa de manobra (veja o vídeo)

Algumas pessoas acham que há uma autoridade científica internacional capaz de orientar o mundo. Ledo engano

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Você nota que a sociedade está desorientada quando vê pessoas discutindo em redes sociais sobre curva de contágio de vírus, sem terem a menor noção sobre o tema. Você percebe que elas confiam cegamente na posição de qualquer um que supostamente tenha alguma autoridade científica.

Acontece que não existe uma autoridade internacional capaz de emitir verdades absolutas que se apliquem a toda e qualquer situação, mas o desespero por orientação é tanto que as pessoas se transformam voluntariamente numa dócil massa de manobra.

A ingenuidade é tanta que muitas começam a defender até o afastamento do Presidente da República porque ele estaria contrariando as “autoridades sanitárias” ao sair na rua para trabalhar.

Parte desse comportamento ocorre porque o mito fundador da modernidade é o mito da técnica, da ciência. Então muita gente acha que a ciência é algo infalível, ignorando que os estudos são feitos por pessoas e que pessoas cometem erros.

Veja o caso do epidemiologista Neil Ferguson, do Imperial College London, por exemplo. Ele havia projetado meio milhões de mortes por coronavírus no Reino Unido e 2,2 milhões nos Estados Unidos. O estudo foi amplamente divulgado e gerou pânico a centenas e milhões de pessoas. Pois bem. Nos últimos dias, ele revisou para 20 mil o número de mortes no Reino Unido e ressaltou que metade dessas pessoas deve morrer até o fim do ano por outras doenças.

Quem também alterou o discurso nos últimos dias foi a Organização Mundial da Saúde, que reconheceu que as pessoas precisam trabalhar. Não deixou de dizer que os governos devem dar assistência aos mais pobres, mas parou de defender bloqueio total. Isolamento social é diferente de bloqueio total.

Infelizmente, os jornais não darão à revisão do estudo o mesmo destaque que deram ao estudo errado. Notícia boa não dá audiência, nem ajuda a derrubar Bolsonaro.

Confira:

da Redação Ler comentários e comentar