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Assassinatos de mulheres chocam a Argentina

São casos relacionados a ataques de homens que pretendem destruir uma mulher que consideram sua propriedade.

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Uma série de crimes e atos de violência contra mulheres, divulgados diariamente, comovem a Argentina.

Pelo menos 15 mulheres foram mortas em menos de três meses por parceiros ou namorados na Argentina. Em 2014 foram contabilizados 277.

São casos relacionados a ataques de homens que pretendem destruir uma mulher que consideram sua propriedade.

No último dia 24, a empresária Patricia Sclavuno afirmou em uma rede social que conseguiu fugir depois que seu marido lhe molhou com gasolina e ameaçou queimá-la. Ele foi detido por tentativa de feminicídio (assassinato por motivo de gênero).

Há duas semanas, uma adolescente de 14 anos foi assassinada e enterrada nos fundos da casa do namorado. A polícia desconfia que a jovem Chiara Páez foi morta para encobrir uma gravidez.

Há pouco mais de um mês, a médica Augustina Salinas, 24, foi perseguida e esfaqueada na rua pelo namorado, de 26 anos, no afluente bairro de Puerto Madero, Buenos Aires.

Diante da frequência com que os casos vem acontecendo, artistas, movimentos feministas e entidades de direitos humanos preparam uma manifestação contra a violência de gênero, marcada para 3 de junho

Além de uma marcha na capital, são organizados protestos nas províncias de Neuquém, Rio Negro e Chaco.

"Uma mulher é morta na Argentina a cada 31 horas", afirma Fabiana Túñez, coordenadora da ONG La Casa Del Encuentro, única entidade que produz estatísticas sobre violência contra mulheres na Argentina.

A ONG reivindica o registro de dados oficiais da violência de gênero, a inclusão do assunto nos currículos das escolas e a formação de agentes de segurança e de Justiça para facilitar as denúncias de ameaça. "Foi uma longa luta para aprovar a lei [que tipifica o feminicídio], mas a questão é que essas mortes poderiam ser evitadas", diz Túñez.

da Redação Ler comentários e comentar