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Contas de Witzel na mira da justiça (Veja o vídeo)

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Em tempos de pandemia, os oportunistas podem encontrar um terreno mais fértil ainda para desviar recursos dos cofres públicos. Felizmente, ainda existem parlamentares que cumprem seu papel e estão de olho para verificar possíveis irregularidades.

O deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ) entrou com pedido no Ministério Público do Rio de Janeiro e no Tribunal de Contas do Estado, para que fiscalizem os contratos celebrados pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro no âmbito do combate ao vírus chinês.

O montante de recursos negociados sem licitação já passa de R$ 1,5 bilhão. E, estranhamente, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, em 09.04.2020, tornou sigilosos todos os processos administrativos que se referem às contratações emergenciais.

“Eu vejo o governo Wilson Witzel perdido, eu vejo um governador que não possui habilidade política, era um juiz. Quando você é um governador, tem que se cercar de pessoas muito competentes e, principalmente, honestas, com compromisso de desenvolvimento e boa política para seu estado. Eu vejo o governador sonhando muito em ser presidente, esquecendo de ficar de olho nas pessoas que o cercam, e que estão tomando ações como essas, no Executivo, que põem em dúvida o princípio da boa administração pública e da transparência, a responsabilidade e o bom uso do recurso público”, ressaltou o deputado em entrevista à TV Jornal da Cidade Online.

Outro contrato que chama atenção foi o realizado com a organização social Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), que teve ignorado um histórico de má gestão em unidades de saúde e foi contratada por R$ 835 milhões para construir e administrar os 1.400 leitos dos sete hospitais de campanha previstos para o estado do Rio de Janeiro.

Na mesma linha, Luiz Lima cita, ainda, os contratos celebrados com a A2A Comércio, Serviços e Representações, no valor de R$ 59,4 milhões por 300 ventiladores pulmonares, e com a Total Med Comércio e Importação de Produtos Médicos Hospitalares, no valor de R$ 36 milhões para fornecer testes rápidos para o Covid-19 — ao custo de R$ 180 por unidade, todos aparentemente com valores acima dos praticados pelo mercado.

“A crise que o Brasil e o Rio de Janeiro passam é inegável. Com a escassez de recursos que viveremos nos próximos tempos, não podemos permitir nesse momento qualquer transgressão à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, ou, ainda, qualquer ilegalidade de ato ou em contrato em execução”, completou o deputado.

Veja o vídeo:

da Redação Ler comentários e comentar