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Por inúmeras vezes o lulopetismo tentou interferir nas ações da Polícia Federal

Um pequeno exercício de lógica.

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Há uma pedra no caminho político de Sérgio Moro.

A pedra é esta: ele entrou no campo da bizarria quando teve a coragem de elogiar a máfia lulopetista em sua coletiva surpresa de demissão.

Disse que o lulopetismo não interferia na Polícia Federal.

Sabemos, evidentemente, que isso não é verdade. E mais: também sabemos que Moro sabe que isso não é verdade.

Porém, para fazermos um exercício de lógica, partamos do pressuposto de que Moro realmente acredite que havia distanciamento entre a máfia lulopetista e a PF.

Onde esse pressuposto surreal nos levaria? Ora, nos levaria à inevitável conclusão de que Moro foi inepto como Ministro da Justiça, pois desconhecia fatos como estes:

- Em 2007, o presidente Lula fez substituições no Ministério da Justiça e na Abin, afirmando que desejava ser informado diariamente de todas as operações importantes;

- Em 2010, o presidente Lula tirou Romeu Tuma Jr. do comando da Secretaria Nacional de Justiça, por conta de investigações da PF que ameaçavam o lulopetismo;

- Em 2017, a presidente Dilma, de posse da informação privilegiada da PF de que o marqueteiro João Santana e sua esposa, Mônica Moura, seriam presos, telefonou para alertar o casal.

Moro não sabia dessas interferências? Mas espere, foi a própria Mônica Moura que informou ao juiz Moro, em delação premiada, que a presidente Dilma tinha interferido. Então, Moro sabia. Aliás, foi o próprio juiz Moro que sentenciou o casal.

Diante desses fatos (e nem citamos o famoso caso de Dilma ligando para Lula e oferecendo um "salvo conduto", o que levou Moro a publicar as gravações), resta apenas uma pergunta: o que realmente levou Moro a agir como um simples político que entra num mundo paralelo apenas com o intuito de sangrar um governo conservador?

Marco Frenette

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