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A curva mais preocupante não é a do coronavírus e o maior absurdo é a “farra” dos prefeitos e governadores

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Quem disse que não estou preocupado com a curva? Lógico que estou. Só que é com outra curva.

A projeção mais otimista, do Boletim Focus, prevê queda de 3,34% no PIB brasileiro. A mais pessimista, do Peterson Institute, já fala em 9%.

Pessoas estão morrendo por causa do Covid-19. Eu sei! Mas sei, também, que a recessão mata mais. Na média, cada ponto percentual negativo, no PIB, resulta em 20 a 30 mil mortes, pelos mais diversos fatores. Estamos falando, então, de um cenário onde, no melhor dos casos, a crise econômica resultará em 66.800 óbitos; no pior, 270.000 corpos.

No nosso país, problemas respiratórios matam mais de 100 mil pessoas por ano. Só a pneumonia é responsável por 60.000 mortes. Outras enfermidades, como asma e enfisema, mais 45.000. Uma média de 287 por dia. Na maioria, vítimas idosas, como as do Corona. E estou falando, aqui, de uma situação normal. Ninguém nunca viu um boletim alarmista, sobre isso, na televisão.

Outro fator que chama atenção é a lotação dos hospitais. 70%, 80%, 90% de ocupação, dependendo do lugar. Isso é atípico. A rede de saúde brasileira, geralmente, funciona muito além de sua capacidade. Não raro, um hospital opera com ocupação de 150%. Quem nunca entrou numa unidade pública, ou assistiu uma reportagem, onde enfermos se acumulavam nos corredores?

Há dois meses, todos alardeavam que o problema do COVID não era a letalidade, mas a possibilidade de colapsar o sistema público de saúde. O colapso não aconteceu e, então, começaram a explorar o número de mortes, como forma de disseminar pânico.

Hospitais de campanha, construídos por todo o país, estão vazios. Em São Paulo, já cogitaram inclusive internar pacientes com sintomas leves, para inflar os números e justificar a continuidade da quarentena.

Enquanto isso, governadores e prefeitos fazem a farra com compras e contratos sem licitação, confiscam propriedades privadas, cerceiam o direito de ir e vir, quebram nossos negócios, extinguem empregos e usam forças de segurança contra o cidadão.

Em breve, teremos uma massiva onda de mortes, sim. Mas serão os suicídios, as doenças não diagnosticadas, as vítimas da violência urbana... Números muito maiores, que não serão alardeados por nenhum órgão de imprensa, mas que farão a "pandemia" parecer um piquenique.

LAVEM AS MÃOS E ABRAM OS OLHOS!

"Aqueles que abrem mão da liberdade essencial, por um pouco de segurança temporária, não merecem nem liberdade nem segurança." (FRANKLIN, Benjamin)
Foto de Felipe Fiamenghi

Felipe Fiamenghi

O Brasil não é para amadores.

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