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A segunda condenação de Lula em segunda instância

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Apesar de todos os pesares, apesar da Facção-Pró-Crime (Obrigado, J. R. Guzzo) do STF, pode-se dizer: ainda há Juízes neste país.

Terminou a tramitação em segunda instância, do processo do sítio de Atibaia - aquele sítio que “não pertencia a Lula” – com pena de 17 anos de reclusão imposta ao ‘Princeps Corruptorum’, também referido como o político mais corrupto da História das Democracias Ocidentais.

Em todas (atenção, eu disse TODAS!) as grandes democracias do mundo, Lula iria para a cadeia já, se lá já não estivesse por conta da condenação em primeira instância, como é regra em quase todos os países. Os poucos países que aguardam a condenação em segunda instância são exceções à regra.

Mas, aqui em Banânia, o Grande Canalha não tem do que se preocupar.

Por conta de uma interpretação constitucional irresponsavelmente benevolente da Facção-Pró-Crime do STF, cabem ainda uma infinidade de recursos protelatórios no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no STF (Supremo Tribunal Federal). São tantos recursos que a decisão final certamente só sairá nas Calendas gregas, isto é, antes disso processo será prescrito.

Enquanto isso, o condenado Lula continuará rindo da Justiça, dando pitecos na vida nacional e ameaçando, com suas hordas, o que resta de democracia neste país.

Uma vergonha nacional imposta aos brasileiros de bem por este STF.

É no que dá esta forma de togar “juízes” de Suprema Corte em gabinetes de presidentes amigos, quando não corruptos.

Há, sim, dirá alguma versão de Eremildo, o Idiota (personagem de Elio Gaspari): os “juízes” ungidos em gabinetes presidenciais são depois aprovados e legitimados no Senado.

É verdade, mas isto, no Senado brasileiro, é só uma formalidade, espetáculo vazio para inglês ver.

Nos Estado Unidos a escolha de um Juiz da Suprema Corte (“Justice”) segue o mesmo rito e lá não existem tais críticas. A resposta a esta colocação é muito simples: Nem tudo o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.

A diferença, de dimensão cosmológica, está em que aqui faltam alguns elementos essenciais em nosso estamento político: responsabilidade, seriedade, espirito público.

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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