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Pobres de espírito, esses tais "democratas" comunistas digitais!

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Por que a imprensa no Brasil deixou o jornalismo intelectualmente honesto de lado, e se tornou grosseiramente militante e propagadora de informações distorcidas, deturpadas ou manipuladas? Aponto duas razões.

Primeira razão. Interpretação equivocada que se atribui ao art.5, XIV, da CF:

"É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional".

No Brasil, se a fonte consegue ilicitamente as informações e a repassa, o jornalista que replica a mensagem é considerado "profissional no exercício do dever de informar". Ou seja, atua como uma espécie de "lavador de informações obtidas criminosamente", tal como um advogado pago com dinheiro de corrupção, que inadmite que se discuta a origem da grana do cliente corrupto que o remunera. Tudo com o aval do Judiciário e de "especialistas", obviamente.

O fato é: jamais pode ser "necessário ao exercício profissional" da liberdade jornalística ou de imprensa o dever de manter o sigilo da fonte, quando esta conseguiu as notícias ILICITAMENTE, repassando-as para serem divulgadas pelo "jornalista". Divulgação que não ocorreria, caso o estado de legalidade fosse observado pela tal fonte.

Na prática, o sigilo de fonte criminosa legitima uma situação de ilicitude inicial, por impedir a punição da fonte e do pseudojornalista que, mesmo sabendo do crime, imoralmente dele se locupleta.

Razão dois. Subversão do estado de Direito e esgarçamento do arremedo de Democracia, em virtude da consolidação escancarada da ditadura esquerdista da toga. Ditadura que impõe o codigo falso moralista e ideológico do politicamente correto e, por isto, faz vistas grossas para todo o tipo de pilantragens injuriosas, diafamantes ou caluniosas praticadas por "jornalistas" militantes, que rezam na cartilha "progressista" e bandidólatra ora esculpida nesse código batizado pela cúpula do Judiciário. Composição atual do STF, na veia, fala por si.

O inquérito toffoliano-alexandrino é denotativo: totalitariamente, suprime a bel-prazer liberdades e garantias individuais, para perseguir o que "entende" por "milícias virtuais". Obviamente, de direita. Os marginais virtuais da esquerda, estes, não: são companheiros de jornada "democrática", que prezam pela "liberdade" de expressão (do discurso único e supremamente intimidatório do politicamente correto).

Em ambas as razões, as garantias supremamente garantidas são as mesmas: a certeza da impunidade dos "democratas" esquerdistas. Por outro lado, primam por ameaças de censura e imposições de condenação moral ou mesmo penal aos "milicianos" de direita. Fazem-no diretamente, ou pelo mau exemplo dado a juízes de instâncias inferiores. Danilo Gentili e o próprio Jair Bolsonaro (à época, deputado federal) que o digam. Sem falar na revista Crusoé, que sequer claramente de direita é.

Com impunidade supremamente assegurada para verdadeiros delinquentes virtuais de esquerda, torna-se "normal" e até estimulante que estes criem e permaneçam criando incessantemente perfis falsos em redes sociais, com o propósito de atacar e difamar jornais online tradicionais e sérios. Agressões que, afetando a credibilidade da vítima pelo uso da técnica de Goebbels, visam a retirar-lhe apoio financeiro, fazendo com que empresas que nela costumam investir (a título de propaganda e marketing de seus respectivos produtos ou serviços), desfaçam contratos.

A vítima da vez - como vem se tornando praxe por parte dos que odeiam a honestidade intelectual e a verdade como valores jornalísticos e, sobretudo, de caráter -, novamente, é o Jornal da Cidade Online. Certamente, os bons patrocinadores, inteligentes que são, sabem fazer a leitura do triste contexto atual, e não se abalarão, ao ponto de romper parcerias vitoriosas com a legítima e democrática imprensa, tal como as firmadas com o JCO.

De resto, há que se reconhecer que o Brasil está passando por uma fase dolorosa de transição, onde, ao final, uma grande limpeza humana e ética terá sido efetivada. Nenhum período de atraso, estagnação e caos moral e socioeconômico é eterno. Daí, o ciclo de prosperidade longevo que se avizinha não terá vez para delinquentes presumidamente ateus e materialistas. Pouco importa que supremamente "abençoados". Delinquentes que, no alto de suas inconsciências ou consciências extremamente contraídas, creem fanaticamente serem capazes de controlar os efeitos de suas atitudes e ações antidemocráticas, intolerantes e medíocres, visando à retomada do poder que lhes foi confiscado no voto em 2018.

Com o sonho irreal de reconquista do poder em suas mentes psicóticas, tais delinquentes ainda sentem-se capazes de aprofundar na sociedade a impregnação e a expansão da ideologia pérfida e psicopática que os nutre. A semeadura é livre; a colheita, obrigatória. Regra universal infalível, independente de crenças. O deles está guardado. Exercitemos apenas a compaixão.

Renato R. Gomes. Mestre Direito Público. Ex-oficial da MB (EN90-93). Escritor (autor do livro Conscientização Jurídica e Política: o que você precisa saber para não ser manipulado por "especialistas")

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