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Quem tem coragem de abrir um negócio no Brasil após a pandemia?

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É por meio das empresas privadas que as pessoas colocam em prática seus sonhos e projetos que irão gerar riquezas, fomentar a economia e evoluir a sociedade com inovações, melhores produtos e serviços.

Para isso, a aptidão ao empreendedorismo é algo fundamental e que está na raiz de muitas pessoas, as quais sofrem o pior momento para implementar seus planos de negócio. Claro que todo momento de crise abre oportunidades distintas para aqueles que enxergam novos nichos de atuação, mas para a economia tradicional é tempo de reflexão e de uso da criatividade para se reinventar.

Além da pandemia, os obstáculos impostos pelo Estado já são conhecidos, tais como a alta e complexa carga tributária que incide sobre o consumo, a produção e as relações de trabalho que acabam por formar um coquetel destruidor da iniciativa privada que clama por mudanças urgentes.

Todavia, nenhuma alteração no status quo deve acontecer tão cedo, pois o Estado está quebrado em virtude da herança petista (débito na conta de uns R$ 160 bilhões) e pela abrupta queda na arrecadação em decorrência da pandemia.

Por consequência, resta ao governo reduzir severamente as suas despesas como se Jorge Paulo Lemann tivesse assumido o caixa da economia nacional. Não dá para gastar nem com cafezinho.

Cortes na estrutura estatal devem ser feitos para dar exemplo aos empreendedores de que o governo está fazendo a sua parte.

Adicionalmente, os bancos públicos devem fomentar a iniciativa privada com créditos bilionários, mesmo que o risco de inadimplência seja alto, haja vista que já compraram até títulos públicos da Venezuela durante a fase canhota. Agora a direita deve demonstrar a que veio.

As reformas administrativa e tributária são emergentes e somarão às atitudes de fomento, sendo que todas devem ter por finalidade reverter a predominância do Estado para devolver aos cidadãos produtivos a supremacia na nossa sociedade.

Alterar o rumo do transatlântico brasileiro para a direita deve ocorrer imediatamente, sem delongas, mesmo num oceano turbulento, com a finalidade de se encerrar (ou reduzir) os privilégios estatais para voltarmos a produzir, crescer e fazer justiça com o setor produtivo brasileiro que

merece respirar ares melhores após mais de seis anos de recessão econômica.

Renato L. Trevisani. Advogado da área empresarial em São Paulo. Autor do livro “O Estado contra o Setor Produtivo – O principal conflito no Brasil.”

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