Como a pandemia do ‘comunavírus’ é mais letal do que o coronavírus

08/06/2020 às 17:51 Ler na área do assinante
“Não bastasse o Coronavírus, precisamos enfrentar também o Comunavírus”. Chanceler Ernesto Araújo

Nos últimos meses duas têm sido as bandeiras da esquerda para fazer avançar sua agenda de desestabilização social, econômica e política do Brasil:

1. a defesa do isolamento social (e consequente estagnação econômica)
2. a recusa em aceitar a hidroxicloroquina no tratamento contra o COVID-19.

Sobre a segunda bandeira, os fatos e as evidências têm reiteradamente esclarecido a importância da adoção da hidroxicloroquina no tratamento contra o COVID-19, especialmente se prescrita precocemente, na fase viral.

Certamente não se trata de um medicamento “milagroso”, infalível.

No entanto, temos diversos relatos empíricos (de médicos e pacientes que a utilizaram) que comprovam a alta probabilidade de sua eficiência, bem como diversos pesquisadores explicando que nesse momento ela representa o que há de melhor no tratamento da enfermidade, apresentando taxas surpreendentes de sucesso.

Apesar desses fatos, a esquerda tem insistido resolutamente na narrativa contrária ao uso da medicação. Para isso ela aderiu inclusive a pesquisas mais ideológicas do que propriamente científicas, como, por exemplo, aquela realizada aqui no Brasil (“coincidentemente” por correligionários de partidos de esquerda), especificamente em Manaus (Amazonas).

Usando uma versão mais tóxica da medicação (difosfato de cloroquina), bem como aplicando uma dose muito acima do recomendado, e isso em pacientes já combalidos pela enfermidade, tal “pesquisa” causou dezenas de mortes para “provar” a toxidade da hidroxicloroquina.

Ou seja, tal “pesquisa” não seguiu (intencionalmente?) o protocolo recomendado pelos defensores da hidroxicloroquina, pois seu objetivo, ao que parece, era simplesmente desqualificar a medicação e sua eficiência.

Disso advieram óbitos imediatos (daqueles que se submeteram, como cobaias, aos testes) e, certamente, óbitos não mensuráveis com precisão, ou seja, daqueles que estão sendo privados da medicação em virtude da influência de “pesquisas” como a citada, a qual atua sobre as decisões atinentes às políticas públicas para a saúde, impedindo a muitos o acesso a uma medicação de baixo custo que poderia, em grande medida, ser eficiente no seu tratamento (se usada precocemente na dosagem apropriada).

Outra “pesquisa” usada ad nauseam pela esquerda para desqualificar a hidroxicloroquina foi aquela publicada na prestigiada revista médica “The Lancet” (‘Hydroxychloroquine or chloroquine with or without a macrolide for treatment of COVID-19: a multinational registry analysis’), a qual ocupou, por poucos dias e diuturnamente, o centro da narrativa contrária à hidroxicloroquina, até sua retratação pelos próprios autores (‘Retraction—Hydroxychloroquine or chloroquine with or without a macrolide for treatment of COVID-19: a multinational registry analysis’).

Com isso nossa esquerda descobriu algo fundamental sobre a ciência: ela difere do dogma. Ou seja, ela é falível. Outro aspecto interessante desse infortúnio é que não houve qualquer retratação por parte da esquerda.

A exemplo do que sempre ocorre quando é provado o dano de sua ideologia, ela simplesmente silenciou após a retratação feita pela revista “The Lancet”.

Aliás, é inerente à esquerda silenciar sobre as mortes e miséria que sua ideologia perversa tem causado, a datar de meados do século XX, desde o “Holocausto ucraniano” (Holodomor), em que Stalin condenou à morte, por fome, 12 milhões de ucranianos, passando pelo “Holodomor chinês”, em que Mao Tsé Tung causou (entre 1958 e 1962) a morte de aproximadamente 45 milhões de chineses (também por fome), bem como pelos Gulags, “paredões”, campos de “reeducação”, assassinatos em massa, etc.

Recentemente há o dramático caso da Venezuela, país cuja pujança durou até o domínio socialista (até os anos 80 do século XX ela era chamada de “Venezuela saudita”, uma referência à riqueza oriunda do petróleo).

Hoje em torno de 80% das crianças venezuelanas sofrem com a desnutrição. Ou seja, uma calamidade humanitária ignorada deliberadamente. Diariamente elas morrem seja por falta de alimento seja por falta de medicação.

Enquanto isso, testemunhamos a mesma esquerda que demanda o isolamento social e o impedimento do uso da hidroxicloroquina defender, aguerridamente, o regime ditatorial venezuelano, o qual tem causado a morte de seus próprios cidadãos das mais diversas e atrozes formas, o que inclui, obviamente, a fome (pois todo regime socialista que se preze precisa impor ao seu povo a morte por fome).

Portanto, não esperemos retratação da esquerda. Para ela nunca importou a realidade, mas sua narrativa apenas. Sua psicopatologia lhe impede de sentir empatia pelas mortes causadas por sua ideologia (ainda que sejam crianças morrendo de fome).

Mas o que eu gostaria de enfatizar aqui é outro dano que, embora colossal e de efeitos devastadores, está sendo mantido oculto pela esquerda (dominante na grande mídia, nas universidades, etc): a miséria oriunda do desemprego causado pelo isolamento social.

Um levantamento (feito de forma online com 6.080 microempreendedores, micro empresas e empresas de pequeno porte entre os dias 3 e 7 de abril) divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) revelou dados estarrecedores: pelo menos 600 mil micro e pequenas empresas fecharam suas portas. Sendo elas as maiores empregadoras, disso adveio, segundo esse mesmo levantamento, a demissão de 9 milhões de empregados.

Em 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o número de postos formais de emprego no Brasil era de 39 milhões. Ou seja, segundo esses dados perdemos quase um quarto dos empregos formais somente nesse primeiro trimestre de 2020, especialmente por conta da crise causada não pelo COVID-19, mas pela funesta política do isolamento social.

Essa mesma pesquisa do SEBRAE mostra que 30% dos empresários precisaram buscar por empréstimos para manter seus negócios. No entanto, 59.2% deles tiveram seus pedidos de empréstimo negados (29.5% ainda aguardavam por uma resposta à época do levantamento).

(Abaixo acrescentarei os links para outros textos que publiquei aqui no JCO em que abordo esse problema).

No entanto, o que quero enfatizar é a malignidade daqueles que estão propositadamente causando um flagelo atroz sobre os mais vulneráveis.

Vejam: eles insistem em negar o acesso a uma medicação com grande probabilidade de sucesso àqueles que estão enfermos, condenando-os ao sofrimento e à morte.

E, se não bastasse isso, estão condenando milhões ao desemprego e suas consequências terríveis: fome, desespero, sofrimento (físico e psicológico) e, eventualmente, morte.

Por exemplo, de acordo com um estudo do Pine Rest Christian Mental Health Services (Michigan/USA), um hospital psiquiátrico e profissional de saúde comportamental, o índice de suicídios já cresceu, no estado do Michigan, 32% durante a pandemia.

Vários fatores, como constante exposição a notícias desesperadoras (como a insistência na divulgação de dados questionáveis que exageram os casos de óbito por COVID-19, assim como imagens macabras de caixões, covas, etc) causam, além de imenso stress, o consequente transtorno de stress pós-traumático.

Nesse momento as pessoas estão sendo aterrorizadas com notícias que alimentam a histeria, sugerindo uma iminente morte por COVID-19. Além disso, diversos estudos têm demonstrado, desde o século passado, que a crise econômica traz diversas colateralidades, dentre as quais está o suicídio.

Portanto, o isolamento social, da maneira tal como foi imposto (atingindo a todos, ao invés de focar exclusivamente nos grupos de risco), muito provavelmente ocasionará mais mortes do que o COVID-19 mesmo. Sem falar na inevitável miséria (e perda da liberdade) daqueles que sobreviverem.

Além disso, tal como frangos que, confinados e amontoados, incorrem em bicagem e canibalismo, o índice de violência doméstica tem crescido assustadoramente, especialmente contra os mais vulneráveis.

Diferentemente daqueles que defendem a hashtag ‘fique em casa’, as pessoas que vivem no mundo real, em sua maioria, residem em cubículos sem acesso a diversos confortos tão comuns para os defensores do ‘fique em casa’.

Não apenas isso, essas pessoas ou já eram desempregadas ou se tornaram desempregadas graças ao isolamento social. Portanto, sua preocupação não reside em usar a criatividade para jogos, brincadeiras, criação de novos pratos culinários, gravação de vídeos para postá-los no Youtube, ou em escolher suas séries preferidas em algum serviço de streaming.

Sua preocupação está em usar a criatividade para prover sua próxima refeição.

Não obstante, para os que defendem o isolamento social (e consequente estagnação econômica) e rejeitam a hidroxicloroquina no tratamento contra o COVID-19, o que importa é sua narrativa.

Precisamos estar cientes disso: para a esquerda não importam o fatos, a realidade. Importa apenas sua narrativa. Por essa razão para eles não importam as pessoas. E por isso eles silenciarão seja sobre os danos do isolamento seja sobre a eficiência da hidroxicloroquina.

No entanto, todo aquele que coloque as pessoas em primeiro lugar, ou seja, que dê primazia à dignidade da pessoa humana e, mesmo, à liberdade, deve reconhecer a malignidade da esquerda e o mal que sua ideologia tem causado ao longo da história.

Estamos em guerra, uma guerra entre o bem e o mal. Simples assim. Essa batalha em particular vem desde o final do século XIX e atinge, nesse momento, todo o mundo. Não se trata de algo distante. Pelo contrário, estamos todos envolvidos e convocados a tomar um lado.

Escolheremos ou o mal ou o bem? Em verdade, ou escolhemos ou escolherão por nós. Omissão inexiste aqui. Não escolher nos arrasta irrevogável e desgraçadamente para o mal, nos tornando cúmplices desse crime de lesa humanidade levado a efeito pela esquerda para o cumprimento de sua agenda.

Aqui estão outros textos em que abordei esse problema aqui no JCO:

Carlos Adriano Ferraz - (Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com estágio doutoral na State University of New York (SUNY). Foi Professor Visitante na Universidade Harvard (2010). Atualmente é professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia, no qual orienta dissertações e teses com foco em ética, filosofia política e filosofia do direito. Também é membro do movimento Docentes pela Liberdade (DPL), sendo atualmente Diretor do DPL/RS).

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