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O canto das sereias da esquerda

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A história é acessível a qualquer um com uma formação básica que vá além da (de)formação que a Educação Brasileira atual - que vemos que segue ventos melhores hoje.

O herói grego Ulisses, desejoso de retornar ao seu lar após a longa Guerra de Tróia, sabe que terá que atravessar o rochedo onde as Sereias vivem - meio mulher, meio peixe, de vozes cativantes e fome de carne humana.

Sabendo-se próximo do perigo, ordena aos seus homens que coloquem cera nos ouvidos, e sabendo que não sobraria para si mesmo, manda que ele seja amarrado ao mastro do navio, e mantido lá até que a ameaça desapareça no horizonte. O barco deixa as famintas sedutoras para trás, mas não sem que Ulisses grite desesperado aos seus marinheiros para ser liberto, pedido que felizmente caiu nos ouvidos tapados de seus homens.

Vemos com uma infame frequência atualmente, que as sereias também cercam as embarcações da direita nascente no Brasil. Mulheres de bela aparência, discursos inspiradores e alinhados, mas que quando acolhidas, mordiscam os incautos com pedidos de atenção vazia, quando não ferem e mutilam com aberta traição e manipulação em favor da esquerda.

Elas aguardam cantando, em muitas partes, no jornalismo oficial ou paralelo, ou em participações em redes sociais, até que o canto de seus sorrisos e maquiagens obscureça os imaturos, que não perceberão que os chavões e as palavras de ordem não tem substância.

Já depositamos esperança Rachel Sheherazade, seguimos as ações de Joice Hasselmann, e vimos recentemente Cristiane Bernart lançar seus dentes contra o Presidente Bolsonaro - essa última felizmente pescada, desmascarada e separada para o frigir das panelas da humilhação destinada aos traidores, antes de causar maior prejuízo.

Não se torna esse um alerta de maior urgência, pois vemos a beleza feminina dotada da substância da bondade e da verdade, no ativismo de Sara Winter, na ponderação de Ludmila Grilo, nas análises de Fabiana Barroso. Observo também que já dispensamos Janaína Paschoal, de uma bela estampa, em nome de sua iniciativa, apenas para vermos que o externo, no caso dela, era mero espelho do interno.

Ainda falta uma gota de sabedoria, que precisa se multiplicar numa maré de consciência na mulher brasileira, consciente do momento em que vive: sua beleza não passará sem ser notada, e contas sempre serão prestadas em nome daquilo pelo qual ela fará da atenção que atrair.

Cada leviana de finos traços que busca espaço entre os direitistas, sufoca várias outras mulheres com conteúdo e disposição de lutar pelo Brasil, esquecidas por não serem chamativas.

Por fim, saliento aos homens de nossa direita nascente, que tomem o conselho clássico à risca: os que não puderem impedir que sua consciência e senso de julgamento acolha belas mulheres sem o devido escrutínio de suas intenções, que fique longe de induzir à erro, aqueles que remam com coragem, rumo ao Brasil que desejamos.

Tercio Rodrigo de A. Lima

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