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"Um dia vamos morrer, mas, todos os outros dias vamos viver!"

A nossa maior fome é a de amor e a maior sede é de justiça.

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Neste mundo globalizado, somos bombardeados por notícias de todos os cantos da terra; conectados à internet, os fatos bons e ruins nos atingem como raios.

Somos esmagados pela rapidez com que se dão as mudanças e as alterações sociais; sem tempo para adaptação.

Nos bastidores, no comando das notícias há sempre um ser humano, esse animal racional, o único que pensa e sabe que pensa. Portanto, o responsável direto por produzir ignorância ou sabedoria.

Em tempos de pandemia, de fragilidade da população pelo medo da morte, é lamentável que a maioria dos nossos políticos, em especial os de oposição ao governo, optaram por uma crise política, criando caso até com a população que ousa criticar as atitudes dessas excelências.

Mandar recado para o povo, via twitter passou a ser comum.

Em nome da lei e da ordem pessoas foram presas e outras tiveram suas casas invadidas e seus instrumentos de trabalho confiscados.

Fatos esses que geraram indignação e impotência aos envolvidos, uma vez que não há a quem recorrer.

Por essas e outras, não dá pra falar da doença física dissociada da doença mental, social e psicológica.

Há um déficit psicológico na nossa sociedade, no funcionamento do indivíduo e das massas.

No atual cenário, em que vale a máxima:"manda quem pode, obedece quem tem juízo”, milhões de pessoas comuns, antes psicologicamente normais, já apresentam sintomas de adoecimento.

Os problemas vão muito além das questões de natureza política ou econômica. Envolvem nada a menos que a saúde da mente.

O perigo potencial a curto prazo, é que um número cada vez maior de pessoas passe a sofrer, da doença da pressão constante, que a submete a funcionar no modo de defesa de luta ou fuga, uma situação psicobiológica, que afeta o indivíduo inclusive, em termos psiquiátricos.

Saúde da mente, alteração dos valores, crise ética.

Não há sequer, por parte de nossos representantes políticos, um único projeto para identificar e tratar as doenças da mente e da alma. Os economistas não se importam com a saúde da mente.

Aos políticos, em tempo de covid, só interessa os corpos inertes em um leito de hospital, com a boca calada por um respirador.

O indivíduo biopsicossocial, que compreende a saúde e a doença como resultado não somente da interação de fatores biológicos do organismo, mas também do ambiente em que vive e das suas relações sociais, simplesmente não existe.

Esse modelo de medicina, centrado na doença e somente nos fatores biológicos está ultrapassado e fadado ao fracasso.

Não adianta gastar bilhões, trilhões para tratar a covid-19 (foco na doença), quando se ignora os motivos do adoecimento e as consequências futuras.

Ignorar a crise econômica e gerar pobreza extrema, vai produzir um agravamento na saúde mental da população, pois, em condições de escassez, os homens lutam para conseguir a satisfação de suas necessidades imediatas, relegando a segundo plano as necessidades emocionais.

Nunca o ser humano foi tão afetado por fatores externos e tão avassaladores como agora.

Mas, o fator de maior relevância está na falta de fé no ser humano. A nossa maior fome é de amor e a maior sede é de justiça.

A transitoriedade sempre fez parte da vida. O homem é um ser efêmero. Mas, hoje em dia, o sentimento de impermanência apresenta-se mais agudo e profundo.

Nenhum de nós pode se dar ao luxo de sentir-se em segurança, ou em verdadeiros lares, somos indistintamente, pessoas que habitam casas, casebres ou palácios que na verdade estão emprestados para abrigar nossos corpos temporariamente.

Nossa verdadeira missão na escola da terra é estabelecer vínculos com outros seres humanos, com o nosso próximo, a fim de evoluir e de gratificar a nossa alma. As vinculações humanas são verdadeiros bálsamos na caminhada.

“Nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Somente através do amor e das amizades é que podemos criar a ilusão, durante um momento, de que não estamos sozinhos.” Orson Welles.

Nunca o sentimento de sentimento de solidão foi tão real e tão universal. Mas, a solidão pode ser fecunda.

Podemos acionar o nosso verdadeiro poder interno.

E lembrar que um dia, nós vamos morrer, mas, todos os outros dias, vamos viver!

Então, chega de quarentena mental!

"Procure ficar de pé.
Se não conseguir, procure não ficar no chão
Se nem isso você conseguir, então,
erga seu coração aos céus
e como um mendigo faminto
peça que ele seja preenchido de amor
e ele será.
Muita coisa se aprende no sofrimento
Você pode ser derrubado,
você pode ser mantido no chão.
Mas ninguém,
ninguém pode impedir
que você erga seu coração ao céu,
exceto você!"
Foto de Bernadete Freire Campos

Bernadete Freire Campos

Psicóloga com Experiência de mais de 30 anos na prática de Psicologia Clinica, com especialidades em psicopedagogia, Avaliação Psicológica, Programação Neurolinguística; Hipnose Clínica; Hipnose Hospitalar ; Hipnose Estratégica; Hipnose Educativa ; Hipnose Ericksoniana; Regressão, etc. Destaque para hipnose para vestibulares e concursos.

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