Novos grupos de oficiais das Forças Armadas declaram apoio a Bolsonaro em ‘Carta à Nação Brasileira’

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Enquanto a corda vai esticando, apoios significativos vão sendo recebidos pelo presidente da República, legitimamente eleito, mas que não consegue governar.

Desta feita a mensagem vem de integrantes da Turma Centenário de Santos Dumont (1973) da Academia da Força Aérea Brasileira e da Turma Mete-a-Cepa da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (1967).

Todo apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e a declaração de que os oficiais estão de pleno acordo com seus posicionamentos, pois "a corda está por demais tensionada e prestes a arrebentar e, caso arrebente, o país entrará numa era de indesejáveis e imprevisíveis acontecimentos com séria ameaça à nossa ainda frágil e jovem democracia”.

Eis a Carta à Nação Brasileira:

"Nenhuma corrente é mais forte do que seu elo mais fraco
Nós, cidadãos brasileiros, integrantes das Turma Centenário de Santos Dumont (1973) da Academia da Força Aérea Brasileira e da Turma Mete-a-Cepa da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (1967), cientes da grave situação momentânea em que se encontra a nossa pátria, decorrência dos gigantescos problemas gerados pelos que descumprem, pelas mais diversas causas, a exigência constitucional de convivência harmónica e independente entre os Três Poderes da República, vimos a público externar a nossa visão e pensamento sobre o momento atual.
Dados relevantes:
1- Artigo Iº Parágrafo Único da Constituição Federal (CF): Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
2- Artigo 2º da CF: São Poderes da União, independentes e harmónicos entre s/, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
3- Artigo 142 da CF: As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
4- O então candidato a Presidente da República Jair Messias Bolsonaro foi escolhido por 57.797.847 eleitores em pleito realizado em 28 de outubro de 2018 que corresponde a 55,13% dos votos válidos.
5- O mandato concedido pelo povo brasileiro ao candidato no pleito acima prevê uma duração de 4 anos com início em Io de janeiro de 2019 e término em 31 de dezembro de 2022.
6- Conforme prevê a legislação brasileira apenas os Poderes Executivos e Legislativo têm mandato popular.
O povo brasileiro assiste, por enquanto inerte, há já bastante tempo, investidas dos Poderes Legislativo e Judiciário sobre atribuições exclusivas do Poder Executivo.
Tais investidas, quer de forma direta pelo Poder Judiciário, quer de forma difusa pelo Poder Legislativo, têm dificultado ao Poder Executivo cumprir as suas obrigações constitucionais e as promessas feitas pelo então candidato ao povo que o escolheu e que foram a sua plataforma eleitoral quando da campanha.
Depreende-se, ainda sem muita clareza, que existe nos Poderes Legislativo e Judiciário uma tendência não explicitada e velada de dificultar ou inviabilizar o cumprimento na íntegra das atribuições, das promessas e até do mandato concedido ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República na eleição citada.
Em recente pronunciamento, o chefe do Poder Executivo, alertando a Nação sobre esta grave situação, chegou a invocar publicamente e por mais de uma vez que '...pelo amor de Deus eu peço que reflitam...' numa tentativa de que cada chefe e integrante dos Poderes Legislativo e Judiciário deixassem de lado os interesses pessoais que os motivam e pensassem só e exclusivamente no Brasil, pois para isso ocupam seus postos, com ou sem mandato popular.
Alertou ainda, nesse mesmo pronunciamento público, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República para que 'Não mergulhem o Brasil numa crise política. Estou à disposição para conversar com qualquer autoridade do Legislativo ou do Judiciário', demonstrando sua disposição para dialogar na tentativa de superar a crise instalada.
Aparentemente, tal convite foi ignorado, quando não rechaçado, pois os avanços indevidos sobre o Poder Executivo continuaram.
A essa tentativa de inviabilizar a correta atuação do Poder Executivo pelos poderes Legislativo e Judiciário, aliou-se, e trabalha árdua e incessantemente para o mesmo fim, grande parte da mídia tradicional.
A permanecer este estado de coisas pode-se, com facilidade, vislumbrar para um futuro bem próximo uma crise institucional.
Nós, que subscrevemos essa carta, com grande preocupação fazemos coro com o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Jair Messias Bolsonaro e externamos o nosso sentimento de que:
'A corda está por demais tensionada e prestes a arrebentar' e, caso arrebente, o país entrará numa era de indesejáveis e imprevisíveis acontecimentos com séria ameaça à nossa ainda frágil e jovem democracia.
Não permitam que a corda arrebente!!!
Rio de Janeiro, 10 de junho de 2020

Assinam esta Carta os seguintes cidadãos:

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