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Amor, alegria e esperança: antidepressivos naturais

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A emoção é a luz que guia uma pessoa rumo ao seu ideal de ser humano tal como o farol ilumina o caminho no mar.

O amor leva o homem à construção de ideias e ideais grandiosos, o ódio prega a destruição dos mesmos.

A alegria gera a esperança de dias melhores, a tristeza, o oposto.

Ódio, tristeza e desespero rumam para a falência, solidão e morte; amor, alegria e esperança são geradores de vida abundante.

Homens fortes pensam grande, são destemidos, lutadores, trabalhadores e confiantes.

São esses sentimentos que elevam um indivíduo e, quando disseminados, transformam famílias, comunidades e nações inteiras.

Uma pessoa deprimida jamais terá força para lutar por si mesma, menos ainda por uma causa social.

Em tempos de incerteza é preciso vigilância consciente para que o psiquismo não seja invadido pelo desamparo, terror e pessimismo.

Sentir e viver as intempéries da vida sem desespero é um bem que pode ser desenvolvido dia a dia, dizem os estoicos quando ensinam o conceito de apatheia.

Que o otimismo não chegue ao ponto da alienação nem o pessimismo seja capaz de paralisar as ações.

Apesar das dificuldades, que os olhos possam enxergar meios para imaginar, sonhar e criar sobre os cacos, os destroços.

Certa vez, uma idosa ensinou que tudo se aproveita da laranja, até o bagaço.

Não é apenas fazer do limão uma limonada, mas poder sentir a acidez do limão e a doçura em cada situação cotidiana.

Afinal, toda vivência carrega diversos sabores.

A ampliação da visão estreita alarga o sentido das diversas experiências.

Enquanto a esperança for contida na caixa-mente de Pandora, o amor e a alegria estarão ali e ainda haverá a possibilidade de se conter os males da vida.

Foto de Nara Resende

Nara Resende

Psicóloga clínica de adolescentes e adultos, escritora de Divã com poesia, Freud Inverso e organizadora do livro O jovem psicólogo e a clínica.

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