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A novilíngua na prostituição e a prostituição na educação

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Entregou o corpo por dinheiro, é prostituição. Não importa se o pagamento vem de imediato, no caso das prostitutas de rua e de casas noturnas, ou se o pagamento vem na forma de um cartão de crédito vitalício, no caso das prostitutas que fingem amor e tentam se passar por mulheres respeitáveis e bem casadas.

Cada um cuida de sua vida, é evidente; e longe de mim querer cuidar da vida de prostitutas. Cada um com seus valores, e o comércio é livre, ainda mais o comércio mais antigo da humanidade.

O que desperta meu interesse é outra coisa. É a novilíngua em torno da prostituição, porque isso tem a ver com a educação de nossos filhos.

É incrível a quantidade de pessoas nas redes sociais, nas escolas e na imprensa que tentam mascarar a prostituição passando a encarar essa prática como uma "troca justa", onde a mulher "entra com seu charme e beleza, e o homem entra com seu poder financeiro".

Com a distorção da linguagem, a prostituta passa a se sentir menos mal, enquanto cada vez mais as meninas vão sendo educadas a fazer uma "troca justa" na primeira oportunidade que aparecer, e cada vez mais cedo. Isso gera situações em que os pais se tornam cafetões das próprias filhas.

Marco Frenette

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