José Dirceu, o mártir, o herói ou o ‘bandido incorrigível’?

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Definitivamente, não existe 'santo' nessa história de corrupção envolvendo os governos do PT, mas uma coisa é certa, ninguém sofreu e apanhou tanto quanto o ex-ministro José Dirceu. Nunca tiveram com Dirceu a mesma benevolência que sempre dispensaram a Lula.

Eis que no início do mês de fevereiro, a defesa do petista pediu o indulto, com base em decreto da presidente Dilma Rousseff do final do ano passado que concedeu perdão a presos de todo o país que se enquadram em alguns requisitos.

Inúmeros condenados do Mensalão já foram agraciados com o benefício, inclusive o ex-deputado José Genoíno, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares; os ex-deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Romeu Queiroz (PTB-MG), Valdemar Costa Neto (PR-SP), Bispo Rodrigues (PR-RJ) e Pedro Henry (PP-MT); o ex-diretor do Banco Rural Vinícius Samarane; e o advogado Rogério Tolentino.

Para Dirceu, no entanto, foi negado.

O Ministro do STF Luis Roberto Barroso, atendendo cota do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que aguardará uma decisão sobre o ex-ministro dentro da Operação Lava Jato, na qual ele já foi denunciado por organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Atualmente, o ex-ministro está em prisão preventiva em Curitiba, na condição de investigado por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras.

Dirceu tem uma condenação de 7 anos e 11 meses por corrupção ativa no processo do mensalão.

Em sua decisão, o ministro do STF diz que poderá reexaminar o pedido de indulto se Dirceu vier a ser absolvido na Lava Jato.

O decreto assinado por Dilma no ano passado é igual aos dos últimos anos e previa o perdão para condenados que estejam em regime aberto com o restante da pena inferior a oito anos, caso em que se enquadra o ex-ministro.

da Redação                                   

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