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Alexandre Garcia, Lacombe, Coppolla e um show de jornalismo

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Luís Ernesto Lacombe, Alexandre Garcia e Caio Coppolla, um encontro de três gerações. Profissionais, dinâmicos, bem conceituados e informados dentro de suas respectivas linhas de pensamento. Um show de jornalismo!

Humildade, conhecimento e sabedoria pautaram a resenha dessas três gerações em uma superlive que parou mais de 100.000 pessoas que estavam desejosas para escutá-los.

Para quem gosta de um bom jornalismo teve a oportunidade de aprender e conhecer um pouco da profissão por pessoas que apresentaram três momentos do jornalismo: do tradicional à atualidade, mostraram muito bem o seu papel.

O respeito do “menino” – Coppolla - quando se dirigia aos seus colegas de profissão, respeitando não somente a idade, mas o respeito maior pelo profissional e peso da história de cada um.

Podemos dizer que é um “jovem senhor” – Luís Lacombe - tratando seus convidados de live e colegas de profissão com muito respeito. Alinhado e respeitoso às ideias do governo Federal, contudo ponderou o cuidado que o jornalista deve ter para não se transformar em militante, pois na profissão de jornalista não podemos perder o “time”, os detalhes da história.

O “decano” e experiente – Alexandre Garcia – o que posso falar de um homem desses? Seus pensamentos já são uma aula, imagine suas falas e trabalhos nos sendo apresentados em uma conversa de 1h sem interrupções comerciais? Simplesmente um momento ímpar na comunicação atual.

Houve ensinamento sim, tanto para os que já exercem a profissão há certo tempo, como para os mais novos jornalistas que buscam espaço e notoriedade de seus trabalhos. Que tenha sido um ensinamento suficiente para que os profissionais do jornalismo já não olhem mais para os “mortais” com arrogância e desprezo por se julgarem “donos da verdade”.

Lacombe, Coppolla e Alexandre passearam por vários assuntos que permeiam o trabalho jornalístico. Dentre os vários assuntos foi falado do jornalismo que invadiu as redes sociais e estas são imediatas no retorno das notícias, mostrando para o interlocutor a verdadeira democracia, com resposta na hora da fala, o que na maioria das vezes é odiado por aqueles que gostam de fazer vitimismo ou até falar algo que não é verdade. A velocidade da noticia e sua veracidade tem comprovação simultânea.

A conversa entre os jornalistas reafirmou que temos que respeitar as pessoas que discordam de nós. É necessário deixar o ceticismo e o vício da vaidade. A profissão de jornalismo por anos vem sendo vista como de exclusividade comunista, o que não é verdade, pois temos muitos jornalistas que são conservadores, prezam pela verdade e imparcialidade, mas, por suas ideias conservadoras sofrem por frequentarem um ambiente intolerante. Isso mesmo, o mercado de trabalho na área da comunicação tem “exigido” uma personalidade militante, radical, que na maioria das vezes não mede as consequências das informações lançadas nas mídias. A preocupação, nos dias atuais, é impactar...

Na superlive, os comunicadores citaram a admiração pelo trabalho de Ana Paula Henkel e suas conquistas na profissão do esporte, bem como de comentarista política. Comentário interessante e admirável que ressalta a importância da valorização de quem se predispõe a contribuir com a comunicação brasileira.

Creio que teremos bons momentos no jornalismo, todos estão tendo a visão do que era encoberto pelos grandes poderes midiáticos. Jornalista que respeita sua profissão não tem como mudar o acontecido, só relata e transmite a história.

Em Novos tempos que venha o novo jornalismo!

Foto de Claiton Appel

Claiton Appel

Jornalista. Diretor da Ordem dos Jornalistas do Brasil.


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