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ADIn da AGU - Um “Xeque” do governo no STF

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Ação Direta de inconstitucionalidade - ADIn foi impetrada no Supremo Tribunal Federal pelo governo de Jair Bolsonaro, com o objetivo de dar mais clareza ao artigo 5° da Constituição, sobre os direitos e garantias fundamentais.

Caberá à Suprema Corte se posicionar acerca da liberdade do pensamento, de expressão.

A discussão levanta o seguinte ponto: Pode haver censura prévia como cautelar?

Não se trata de iniciativa eminentemente técnica. O que se busca neste tipo de ação é a lei ou ato normativo que se mostram incompatíveis com o sistema, ou seja, a invalidação da lei ou ato normativo pelo Poder Judiciário.

O presidente está apostando na estratégia de cercar o adversário.

O mais importante nessa ação é a exposição de cada um dos ministros, uma vez que irão se posicionar a respeito do artigo 5° da CF, mostrando, assim, o voto da cada um e suas contradições.

Com isso, saberemos realmente quem preserva as liberdades individuais, quem é realmente democrata, quem sabe interpretar a carta magna elaborada pelos constituintes e quem é fascista, defensor da censura prévia.

Os argumentos apresentados embasaram e embasarão várias decisões da própria corte.

O jogo é pesado e a bola foi passada para os supremos ministros.

Aquele que foi acusado, entre outras coisas, de ditador, pede uma resposta para a sociedade que vive em um Estado de Direito e em uma democracia plena com separações dos poderes.

A ação da CGU não defende pessoas e nem é uma ação privada e sim uma ação que defende a todos, inclusive aqueles que desdenham da sua própria liberdade.

Experiências recentes comprovam a necessidade da ADIn: prisão de cidadãos em sua própria casa; punição de suas atitudes e opiniões; até a supressão de sua liberdade.

Foto de Carlos Arouck

Carlos Arouck

Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.

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