O STF transforma comunidades em "cidades" autônomas

22/08/2020 às 19:37 Ler na área do assinante

Para compreender o que ocorre hoje no Brasil, é necessário avaliar a conjuntura do cenário internacional, principalmente quando grupos poderosos “invisíveis” influenciam as questões políticas e econômicas dos países nos quais promovem a desestabilização de seus governos, visando atender seus interesses.

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou usar força militar para tomar uma área da cidade de Seattle, definida como “zona autônoma” pelos manifestantes que protestavam contra o racismo e a violência policial.

Nesta segunda-feira (17), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para restringir ainda mais as ações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro.

Os ministros julgam uma ação do PSB que questiona várias medidas da política de segurança do estado carioca. Depois de o STF proibir operações da polícia nas favelas, agora impede ações com helicópteros, e a justificativa é diminuir a letalidade. Enquanto o tráfico se expande, moradores são EXPULSOS de suas casas. O STF e o PSB são favoráveis a essas medidas.

Composta por seis quarteirões, a chamada zona autônoma de Seatlle nos Estados Unidos foi ocupada por manifestantes Antifas e Black Lives Matter. No Brasil, o STF concedeu direitos semelhantes para grupos como CV, ADA, PCC, Milícia entre outros.

As comunidades viraram um mini Estado, um santuário para sua ocupação ilimitada causando dano à cidade e a propriedade privada, obstruindo o direito de circulação ou criando condições perigosas e criminosas como agressões, homicídios, estupros e o uso e vendas de drogas.

A área se tornou território sem lei, ou melhor, com a lei imposta pelas donos da área. Isso nada mais é do que a ação de terroristas domésticos travestidos de organização criminosa que tomaram uma boa parte da cidade do Rio de Janeiro.

Movidas pela extrema esquerda, com aval mais uma vez da Suprema Corte, que tem a última palavra sempre, essas ações abrem precedente para demais comunidades do Brasil. Uma opção brutal para seus moradores, que não foram consultados na terra onde reina a lei do silêncio para não morrer.

O Supremo decidiu, mas só decisões lícitas podem ser cumpridas: essa é a premissa do Estado de Direito.

Voltamos à Idade Média e suas zonas autônomas, época da construção de muralhas e fortificações para garantia da segurança da população.

As forças federais têm a obrigação de usar a força estatal para retomar uma área da cidade que foi definida como “zona autônoma”.

Devem fazer o cerco impedindo a entrada de produtos ilícitos, por exemplo. Devem identificar, sem perda de tempo, a entrada e a saída de pessoas e veículos no local. Devem usar, ainda, todo equipamento disponível, principalmente aqueles ligados à área da Inteligência policial, como os Vants da Polícia Federal, capazes de identificar os traficantes e portadores de armas proibidas.

Após esse retorno à era medieval, todo esforço precisa ser feito com o objetivo de unificar o reino novamente.

Carlos Arouck

Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.

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