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Não é só o preço do arroz, temos que pensar nas crianças, que crescerão inseguras vendo esse mundo distópico

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Março a setembro de 2020. 6 meses. 180 dias. E nesse período todo milhões de crianças, seres humanos em formação, que necessitam socializar e levar para a convivência nos colégios os valores que recebem em casa, na educação passada pelos pais, dentro de casa, sem aulas presenciais.

Elas passaram metade do ano inativas, com conteúdo ministrado via “EAD” (“ensino à distância”), que as deixam estressadas e ansiosas, sem qualquer outra atividade para complementar.

Não é só com o preço do arroz, que subiu porque todos “ficaram em casa” ao invés de trabalhar e produzir, que temos que nos preocupar agora.

Temos que pensar nas crianças, que crescerão inseguras vendo esse mundo distópico em que se usa máscara de pano até para ir à praia, sem entenderem direito o que está havendo, e que terão um déficit de aprendizado na grade curricular, pois não frequentam fisicamente as aulas do ensino fundamental.

O que ocorre no país é um crime contra todas as crianças. Quando isso tudo passar é que se perceberá a gravidade do que foi feito, ao se proibirem as aulas presenciais.

Se você é pai de uma criança em idade escolar, ou convive com alguma, apoie-a nesse período. Tente lhe dar uma rotina de atividades, e principalmente a faça ocupar a cabeça com o programa escolar (que os colégios vêm ministrando via “EAD”, mas que é sabidamente insuficiente).

Não se omita. Leve isso a sério e tente minimizar os danos. Ou então pague um preço altíssimo depois.

Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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