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Enquanto Gilmar suspende Operação E$quema S, campanhas eleitorais voltam a despejar dinheiro em escritórios de advocacia

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Deflagrada pelo juiz Marcelo Bretas, a operação E$quema S investiga suposto esquema de lavagem de dinheiro em órgãos do Sistema S do estado do Rio.

De acordo com a denúncia, R$ 355 milhões teriam sido desviados na Fecomércio do Rio de Janeiro e nas seções fluminenses do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço de Aprendizagem Comercial (Senac).

Desse total, pelo menos R$ 151 milhões envolveriam um esquema entre o então presidente da entidade, Orlando Diniz, e escritórios de empresas de advocacia.

A pedido da OAB, o ministro Gilmar Mendes trancou o andamento da ação, anulou todas as medidas cautelares e determinou ao juiz Marcelo Bretas que deixe de decidir sobre o caso “de forma direta e indireta” até que o STF determine a instância em que deve tramitar o processo.

O cheiro de impunidade parece servir de incentivo para novas práticas criminosas.

Eis o que diz a Revista Crusoé:

“Operações policiais e investigações do Ministério Público revelaram, nos últimos meses, uma série de irregularidades envolvendo advogados e seus nababescos honorários.
Os esquemas geraram desvio de recursos, com o pagamento de cifras milionárias a bancas advocatícias por serviços não prestados ou mesmo superfaturados.
O caminho está escancarado para que o modus operandi se repita nas eleições deste ano.”

E o mais revoltante é que tudo isso está autorizado pelo Congresso Nacional, conforme revela a matéria:

“Entre os disparates autorizados pelo Congresso em setembro de 2019, estão o aval para que os gastos com advogados e contadores não fiquem sujeitos ao limite estabelecido para as campanhas, a autorização para que prestações de contas com esses serviços específicos possam ser apresentadas de maneira paralela e o sinal verde para que candidatos possam contratar escritórios de advocacia até mesmo para se defender de acusações de caixa 2.
Em suma: os pagamentos por serviços advocatícios e de contabilidade, além de terem passe livre para furar o teto de gastos estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral, podem até bancar a defesa de enrolados em operações como a Lava Jato.”

A luta não é fácil. A bandidagem é terrivelmente organizada.

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