“Força, menino, isso tem jeito, você vai sair disso. Estamos juntos”, disse Lula a Orlando Diniz, segundo testemunha

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Em uma operação deflagrada pelo Ministério Público Federal do Rio, a “E$quema S”, foram revelados desvios de R$ 151 milhões de reais da Fecomércio-RJ, SESC e SENAC para escritórios de advocacia.

O dinheiro, que segundo a investigação, foi usado para comprar influência em tribunais de Brasília, teria ido parar nos bolsos de 26 denunciados, entre eles os advogados do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin e Roberto Teixeira.

No sábado (03), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a ação que investiga os advogados da Fecomércio, incluindo os defensores do ex-presidente.

Lula teve dois encontros com Orlando Diniz, ambos intermediados por seus advogados.

Ao ouvir as reclamações do empresário sobre uma fiscalização que tinha petistas importantes no comando, o que prejudicava sua batalha para não deixar o comando da Fecomércio, Lula teria dito que o caso seria resolvido, segundo relata uma testemunha que participou das duas reuniões.

Conforme a testemunha, nos dois encontros, o primeiro ocorrido em 2013, no hotel Copacabana Palace no Rio de Janeiro e o segundo em 2014, na casa do advogado Roberto Teixeira em São Paulo, Lula teria endossado a proteção que Zanin e Teixeira prometiam a Orlando, que se dizia perseguido por Carlos Gabas, então ministro da Previdência do governo Dilma.

“Força, menino, isso tem jeito, você vai sair disso. Estamos juntos”, disse Lula a Orlando, contou a testemunha.

Em delação premiada, Orlando Diniz revelou que Roberto Teixeira “ofereceu como serviço a solução da briga política com Carlos Gabas, obstaculizando a fiscalização do Conselho Fiscal do SESC.” e afirma que pagou R$ 10 milhões ao escritório de Teixeira.

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Fonte: Veja

da Redação Ler comentários e comentar