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A desculpa dos advogados de Chico sobre o dinheiro na cueca parece ser totalmente esfarrapada

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Nota divulgada pela defesa do senador nesta segunda-feira, 19, classifica como uma 'reação impensada' o fato de o senador ter escondido o dinheiro na cueca.

Quanto a isso, não há dúvida. Impensada e patética.

Porém, os advogados precisavam dizer algo sobre qual a origem e o destino que seria dado aos R$ 33 mil reais.

Eis o que disseram:

“O dinheiro tem origem particular comprovada e se destinava ao pagamento dos funcionários de empresa da família do senador.”

A desculpa parece esfarrapada por duas razões:

O pagamento dos tais funcionários com dinheiro vivo. Que empresa faz isso atualmente?

Salários de funcionários devem ser pagos até o 5º dia útil. A busca e apreensão foi realizada no dia 14 de outubro. Não cola.

Por fim, a nota dos advogados ataca a ação da PF:

“Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua conduta. Ter dinheiro lícito em casa não é crime.”

Realmente, ter dinheiro em casa não é crime. O senador, pelo visto, não sabia disso.

Leia a íntegra da nota:

Com relação aos fatos ocorridos na última semana e à reportagem exibida no fantástico ontem, A DEFESA DO SENADOR CHICO RODRIGUES manifesta sua perplexidade com o linchamento sofrido por ele, sem que haja qualquer prova contra sua conduta.
O dinheiro tem origem particular comprovada e se destinava ao pagamento dos funcionários de empresa da família do senador.
E mais: os recursos destinados por emenda parlamentar à Covid-19 em seu estado seguem nas contas do governo, de forma que nem ele, nem ninguém, poderia deter esses recursos.
O senador jamais sofreu qualquer condenação, ao longo de todos esses anos que se dedicou a vida pública, e agora está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro. Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua conduta.
Ter dinheiro lícito em casa não é crime. O único ato ilícito deste caso é o vazamento dos registros da diligência policial arbitrária que ele sofreu.
Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Yasmin Handar, advogados de defesa do Senador Chico Rodrigues.

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