O retrato do presidente

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Em 2017, assombrados pelo governo tampão do frouxo Temer, todo cidadão que acompanhava política e os destinos do país via surgir no horizonte a figura controversa de um capitão do exército candidato a presidente, Jair Bolsonaro.

Como muitos, eu, Enio e Tereza Mainardi discutíamos sobre o significado no cenário político daquele homem que, cada vez mais, virava um fenômeno de empatia junto ao povo brasileiro.

Escrevíamos, gravávamos vídeos, participávamos de debates no site de Tereza, AReunião.

Entrevistamos e conversamos com quem fazia a história, como Luiz Phillippe de Orleans e Bragança, Janaína Paschoal, Ricardo Salles, Modesto Carvalhosa…

O jeitão franco e direto de Bolsonaro fascinava a todos nós, especialmente ao Enio que, durante toda a vida jamais deixou de defender aquilo em que acreditava, doesse a quem doesse.

Eu tinha um projeto, na época, que era apenas um embrião: retratar os personagens da República; aqueles que escreviam, agora, uma nova história para este país.

Foi assim que desenhei e pintei Sergio Moro, Janaína Paschoal, Hélio Bicudo, Deltan Dallagnol e outros.

Personagens controversos quase sempre, amados por muitos, detestados por outros.

A história evoluía, alguns assumiram papéis diferentes nos anos seguintes, mas todos tinham, fortemente, algo em comum: construíam uma nova história para o Brasil.

Assim, surgiu o estudo para o portrait de Jair Bolsonaro, ainda em 2017.

Minha intenção era a de mandar para o então candidato antes das eleições, sobrava tempo para isso.

Pairava no ar, na figura do capitão, uma sensação há muito esquecida pelos brasileiros.

Era a sensação de esperança.

A esperança em um país longe do atraso e do retrocesso que haviam sido impostos à força pela esquerda nas últimas décadas.

Mas o tempo, que sobrava, correu rapidamente, e não tive chance de enviar o retrato a Bolsonaro.

Tristemente, vi partir meu grande amigo, Enio, em agosto, mas a vida continuava.

E com ela, a sensação de esperança permanecia.

Jair Bolsonaro já era presidente do Brasil, eleito pela maioria do povo brasileiro.

Eventualmente, eu publicava nas redes o antigo estudo para o retrato, uma lembrança do início deste novo capítulo da história brasileira.

Foi assim, por acaso, que mostrei o trabalho à Valéria Scher, amiga do coração do Enio.

Valéria se entusiasmou e mostrou imediatamente o estudo á Bia Kicis, deputada federal e apoiadora incondicional de Bolsonaro.

Em questão de horas, o estudo acabou nas mãos do presidente e eu tinha um retorno surpreendente:

Bolsonaro, através de Bia, informou que se eu fosse à Brasília Bolsonaro me receberia.

Para encurtar uma história longa, estivemos -em 19 de outubro- Valéria, Bia e eu, em Brasíia, entregando para Bolsonaro o retrato que finalmente, fechando um ciclo, pintei.

A palavra ‘esperança’, que está na dedicatória que fiz ao presidente no verso da obra, em meu nome e no nome de Enio Mainardi, significa muito.

Transcende, em muito, a simples homenagem a um homem.

É uma homenagem a todos os brasileiros que, como Valéria, Bia e Tereza, apoiaram e lutaram, nos últimos anos, para construir um país melhor, digno, e o fizeram ao lado de Jair Bolsonaro.

Uma homenagem aos que, apesar de tudo, jamais desistiram, como meu amigo Enio Mainardi.

Hoje, finalmente, tenho dentro de mim uma sensação extremamente gratificante: a de missão cumprida.

O retrato está com Bolsonaro.

É um registro de um momento histórico deste país, que durará.

Sempre acreditei -uma antiga ambição- que a função do artista, e do escritor é a de registar sua época, sua história.

E assim acreditava Enio, igualmente.

Por isso, vale nossa dedicatória, integralmente, no verso desse retrato:

‘Ao homem que trouxe de volta a esperança ao povo brasileiro.

Assinado por Enio Mainardi e Marco Angeli

*Meus sinceros agradecimentos à Valéria Scher, pela força e amizade, à lutadora deputada Bia Kicis e seus assessores pela cordialidade e gentileza, ao empresário Otávio Fakhoury por me hospedar em Brasilia, aos assessores do gabinete presidencial e ao presidente Jair Bolsonaro pelo convite.

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Marco Angeli Full

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Artista plástico, publicitário e diretor de criação.

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