O texto sobre a morte da Simone e a indignação seletiva da esquerda

02/11/2020 às 05:34 Ler na área do assinante

Foram tantas as pessoas que não entenderam o texto e ficaram questionando por ter falado em mulher negra, que fui obrigado a elaborar uma resposta coletiva:

SIMONE VIVE! Brasileira, mulher e negra é barbaramente assassinada em Nice, na França

"E muito triste constatar que a metodologia de Educação adotada no Brasil produziu resultados tão nefastos. Isso talvez explique as simultâneas pífias colocações do Brasil no ranking mundial da Educação. Realmente uma lástima, e eu diria, talvez a maior catástrofe que poderia acontecer no país.

Muitas das pessoas aqui apenas leram o título da matéria ou não entenderam onde ele está contextualizado. Quiçá conseguiram alcançar o propósito do texto.

Vamos tentar desenhar: Quando citamos 'mulher negra' não o fizemos para evidenciar a cor da Simone, que foi vítima de um crime tão bárbaro. Foi mostrando que mesmo sendo mulher e negra, aqueles movimentos que se dizem defensores de um grupo específico, quais sejam os movimentos raciais e feministas, não se manifestaram nem mesmo com uma nota de pesar. Fosse tal fato ocorrido aqui no Brasil, a essa hora esses mesmos grupos estariam produzindo matérias e mais matérias enfatizando que morreu uma mulher e negra. Ou seja, o texto apenas enfatiza a seletividade da indignação da esquerda e seus grupos satélites.

O que causou espanto em muitos aqui foi termos citado 'mulher negra'. É claro que nós do JCO não fazemos distinção entre as pessoas, e sim condenamos aqueles que fazem, sobretudo seletivamente, mostrando que para eles umas têm mais importância que outras, desde que alimentem suas retóricas falaciosas e hipócritas.

Nós articulistas do Cidade Online somos responsáveis pelo que escrevemos e não pelo que algumas pessoas entendem ou maliciosamente querem entender para produzirem distorções.

Também nada podemos fazer se essas mesmas pessoas têm uma enorme dificuldade ou total incapacidade de interpretar textos e seus contextos.

Nós somos apenas articulistas e não alfabetizadores, muito menos desenhistas para explicarmos detalhadamente aquilo que qualquer um com um mínimo de cognição numa leitura rápida é capaz de entender."