Colégio Franco-Brasileiro, um dos mais antigos no Brasil, adota “terceiro gênero”

12/11/2020 às 12:04 Ler na área do assinante

Não, você não leu errado. É verdade, sim, que o Colégio Franco-Brasileiro surtou e deu um salto, não para a “diversidade”, mas para o abismo gramatical e resolveu adotar o vocabulário: 'querides alunes'.

Alegando a famosa inclusão social, a escola emitiu circular aos pais, abordando o tema como "compromisso com a promoção do respeito à diversidade e da valorização das diferenças no ambiente escolar".

Para justificar algo tão esdrúxulo e que não consta nas normas gramaticais do português (inclusive a última alteração na gramática foi feita em 2009), a escola elaborou uma explicação pouco lógica:

"Suporte institucional à adoção de estratégias gramaticais de neutralização de gênero em nossos espaços formais e informais de aprendizagem".

Segundo eles, o objetivo é neutralizar o gênero masculino e feminino na língua e, assim, enfrentar o machismo e o sexismo no "discurso quanto à inclusão de pessoas não identificadas com o sistema binário de gênero". O colégio disse que vai permitir a docentes e estudantes que manifestem livremente sua identidade de gênero.

Olha, uma coisa é você permitir que seus alunos e professores admitam-se transgêneros ou sem gênero. Outra coisa é você “assassinar” a língua portuguesa em favor das suas próprias ideologias. Afinal das contas, o colégio é educacional ou “ideological”? O termo “querides alunes” vai ajudar os estudantes a serem aprovados no Enem, que hoje é a principal via de acesso às universidades públicas do Brasil?

Parece que a escola tem dois pesos e duas medidas e o Comitê da Diversidade e da Inclusão do colégio adota regras apenas em favor de um lado. Pois, em maio deste ano, a aluna Fatou Ndiaye, 15 anos, há 10 na escola, foi vítima de racismo. Ficou 40 dias sem ir às aulas. E, como a direção não tomou medidas cabíveis, os pais retiraram a menina do Franco-Brasileiro.

Enfim, a hipocrisia.

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