No dia do crime, João Alberto "parecia furioso com algo", diz funcionária do Carrefour

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Uma funcionária da filial Carrefour, em Porto Alegre, afirmou à polícia, na quinta-feira (19), que o cliente João Alberto Silveira de Freitas, 40 anos, espancado e morto nas dependências do supermercado, por dois seguranças, a encarou e “parecia estar furioso com alguma coisa”.

As câmeras do local mostram todo o percurso que João Alberto fez com a esposa, dentro da loja.

Ele chega pouco antes das 22 horas para fazer compras. Em dez minutos, já está no caixa para pagar a conta.

João Alberto parece estar conversando com a mulher e a atendente. Mas, aí, ele faz algo fora dos padrões: sai do caixa e se dirige a uma outra funcionária que está de preto, próximo a um dos seguranças presos na ação que ocasionou a morte do homem, Magno Borges Braz.

Notando a aproximação do cliente, a funcionária de preto sai do lugar em que estava. Mas, João Alberto vai atrás dela, como se quisesse tirar satisfação de algo, e gesticula com a mão esquerda levantada. Nas câmeras, não é possível ver o que o gesto significa.

É essa funcionária de preto que conversou com a polícia civil do Rio Grande do Sul e disse que não entendeu o que ele falava por causa do barulho no local e da máscara que ele utilizava, mas, segundo ela, ele “não parecia estar brincando”, quando gesticulou em direção a ela e o segurança, “mas parecia estar furioso com alguma coisa”.

A esposa de João Alberto discordou da declaração da funcionária e disse que o marido “fez um sinal com as mãos para uma moça magrinha, de roupa preta, em forma de brincadeira” e, em seguida, ele volta para perto dela e aguarda as compras serem todas passadas no caixa.

Após a gesticulação de João Alberto, chegam a fiscal, Adriana Alves Dutra, e o segundo vigilante preso na ação, Giovane Gaspar.

É Gaspar quem coloca as mãos nas costas do cliente, como se quisesse conduzi-lo para fora do supermercado. E, de fato, João Alberto é levado até a saída pela fiscal e os dois seguranças.

A esposa Milena aparece logo depois com o carrinho de compras. Por ela, passam dois funcionários correndo. É possível que, nesse momento, o cliente já tenha dado um soco em um dos seguranças e as agressões começam a ocorrer.

Quinze testemunhas presenciaram o espancamento por dois minutos e a asfixia por mais quatro. Ele morreu no local e os seguranças foram presos em flagrante. Nenhuma arma foi usada no crime.

A forma como Freitas faleceu dividiu opiniões, depois que supostos áudios de vizinhos vazaram no whatsapp com críticas ao soldador. Mas, se para uns, ele não era o “anjinho” apresentado pela mídia, outros defendem o morador de comunidade, na Vila Farrapos, Zona Norte da Capital, como "um cara de boa", segundo afirmou o amigo, Paulão Paquetá, presidente da Associação de Moradores do Bairro Obiric.

João Alberto e o pai, João Batista Rodrigues Freitas, já haviam sido condenados por violência doméstica, em 2019, quando atacaram a ex-esposa de Freitas, Marilene Santos Manoel, que estava em sua residência limpando o local.

A vítima disse que o ex-marido não aceitava o fim do casamento. O policial que atendeu o caso testemunhou em favor da mulher e disse que já havia recebido inúmeras chamadas de Marilene por ameaças de João Alberto.

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