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Abstenções demonstram a fragilidade de nossa democracia

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Com o número tão alto de abstenções, não há dúvidas em se reconhecer que na prática o voto JÁ É facultativo no Brasil.

É óbvio que isso deixa claro que grande parte da população não quer mais participar do processo político porque não se sente representada por nenhum candidato.

Então, o que falta, agora, é aprovar uma lei mudando o código eleitoral para transformar em caso de INVALIDADE das eleições a ausência de mais de 50% dos eleitores às urnas, com a obrigação de se fazerem novas eleições com candidatos diferentes - até que o vencedor se eleja sem uma abstenção de mais da metade dos eleitores.

Algum deputado tem que apresentar um projeto de lei neste sentido.

Assim deveria ser o sistema eleitoral. Aí sim o protesto do “não-voto” valeria a pena, pois mesmo que apenas 10% dos eleitores compareçam às urnas os candidatos serão eleitos, já que só se computam os votos válidos, na apuração. Do jeito que é, com abstenções maiores do que o número de votos conseguido pelo vencedor, a coisa serve apenas para nos revoltar cada vez mais, quando percebemos a fragilidade do sistema eleitoral.

Ora, a democracia é embasada no princípio da REPRESENTATIVIDADE DA MAIORIA. Se mais da metade dos eleitores não vota, não há representatividade alguma por parte de quem venceu.

Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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