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Envolvidos na maior tragédia do RS começam a ser julgados hoje

Passados mais de dois anos, o luto ainda perdura em Santa Maria.

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Começou hoje o julgamento de oito bombeiros réus na Justiça Militar em um dos processos relacionados ao caso da Boate Kiss. Dois anos e quatro meses após a tragédia, a Justiça Militar vai analisar se oito integrantes do Corpo de Bombeiros são culpados ou inocentes.

Este é o primeiro julgamento relacionado à tragédia que deixou 242 jovens mortos após o incêndio na boate. Será no prédio da Auditoria da Justiça Militar de Santa Maria.

São réus da Justiça Militar o ex-comandante do Corpo de Bombeiros na região, Moisés da Silva Fuchs, que foi afastado do cargo, além de Gilson Martins Dias, Marcos Vinícius Lopes Bastide e Vagner Guimarães Coelho (soldados dos Corpo de Bombeiros), Renan Severo Berleze e Sérgio Roberto Oliveira de Andrades (sargentos do Corpo de Bombeiros) e Daniel da Silva Adriano (tenente-coronel da reserva) e Alex da Rocha Camillo (capitão do Corpo de Bombeiros).

Hoje (2), acontecem a acusação e a defesa de Fuchs, Adriano e Camillo, apontados como responsáveis pela concessão dos alvarás de prevenção a incêndio para a casa noturna. Os outros cinco réus serão julgados nesta quarta-feira (3).

Os militares serão julgados por prevaricação, inserir declaração falsa com fim de alterar a verdade em documento público e inobservância da lei, regulamento ou instrução. Um conselho decidirá se eles são culpados ou inocentes. Se forem condenados, os bombeiros podem recorrer em liberdade ao Tribunal de Justiça Militar do Estado.

Passados mais de dois anos, o luto ainda perdura em Santa Maria. A cidade está marcada para sempre pelo incêndio que matou 242 pessoas na boate Kiss.

Para muitos familiares de vítimas, a morosidade da Justiça e o temor de que os responsáveis pelo incêndio não sejam punidos se soma à dor da perda.

da Redação Ler comentários e comentar