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Promotor argentino foi assassinado. Perícia oficial está contaminada

Os peritos contratados pela ex-mulher de Nisman não tem qualquer dúvida sobre o eventual homicídio

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Não há dúvidas mais, o promotor Alberto Nisman foi assassinado, é a conclusão que se chega depois das últimas revelações da imprensa argentina. 

Um vídeo divulgado pelo jornalista argentino Jorge Lanata, que mostra uma gravação feita pela Polícia Federal na qual peritos limpam o sangue contido na arma que matou o promotor argentino Alberto Nisman, encontrado sem vida em meados de janeiro e cuja causa da morte ainda é desconhecida, é revelador. “Eu nunca tive nenhuma dúvida de que mataram Nisman. Mas nunca poderemos saber porque a cena foi contaminada”, disse o apresentador.

As Imagens do apartamento do promotor argentino Alberto Nisman maculam a investigação oficial que supostamente tenta desvendar o motivo de sua morte.

Nisman apareceu morto após acusar a presidente Cristina Kirchner de se aliar ao Irã para encobrir os suspeitos de um atentando a bomba em Buenos Aires, em 1994. 

As imagens mostram um técnico limpando com papel higiênico a arma que matou Nisman. Em seguida, ele apoia o revólver e os projéteis sobre o bidê do banheiro, interferindo na cena onde Nisman foi encontrado morto.

As imagens também mostram pessoas circulando pelos cômodos e corredores, sentadas no sofá e até dentro do banheiro. Uma delas era o secretário de segurança de Cristina Kirchner, Sergio Berni.

A perícia feita nos dias seguintes à morte não conseguiu identificar impressões digitais no revólver. 

A hipótese de assassinato é defendida pelos peritos da ex-mulher de Nisman, a juíza Sandra Arroyo.

Nisman se preparava para divulgar um relatório polêmico. Ele acusaria o governo argentino de ajudar a acobertar o pior ataque terrorista da história do país.

Horas antes de ele apresentar o relatório ao Congresso foi encontrado morto com um único disparo na cabeça. 

Os argentinos começaram a se questionar: E se realmente tiver sido um assassinato, quem estaria por trás de sua morte? 

Com os problemas na investigação de campo, as atenções do caso se voltam agora ao exame dos equipamentos de informática do promotor.

O detalhe sórdido: o computador de Nisman foi acessado naquele domingo, 18 de janeiro, por volta de 20h, horas depois da morte estimada pela perícia. Três pen drives foram conectados ao computador. Diversos arquivos podem ter sido apagados. 

da Redação Ler comentários e comentar