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BNDES ofereceu a Cuba condições "atípicas" e pode ter direcionado obra para a Odebrecht

A Odebrecht é uma das empresas envolvidas no

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O BNDES sofre forte pressão do TCU (Tribunal de Contas da União) e do Congresso para dar mais transparência aos empréstimos que concede com dinheiro público.

Assim, com a ampliação do chamado "BNDES Transparente" ocorrida nesta terça-feira (2), tornando público documentos antes considerados restritos, veio a tona operações do banco de fomento para o financiamento de empreendimentos em Cuba. 

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ofereceu a Cuba condições extraordinariamente vantajosas no financiamento do porto de Mariel, a 40 quilômetros de Havana, incluindo um prazo de 25 anos para pagar.

O empréstimo cubano teve o prazo mais longo entre as obras financiadas fora do país - a maioria perto de 15 anos.

O financiamento do porto foi objeto de controvérsia na eleição de 2014. A oposição acusou o governo do PT de favorecer Cuba.

Especialistas consideram as condições do empréstimo "atípicas" para o perfil de risco da ilha, que não acessa o mercado de capitais.

Cuba é um dos países com pior nota de risco de crédito do mundo, com Venezuela e Paquistão. 

O projeto cubano é tocado pela Construtora Odebrecht, uma das mais bem contempladas pelo BNDES. Os empréstimos são concedidos para os países, mas condicionados a utilização de serviços brasileiros.

A referida construtora, como se sabe, também está envolvida nos desvios do "Petrolão", desvendados pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

da Redação Ler comentários e comentar