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A pirraça como método de ação política

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Desde que saiu da mediocridade da condição de deputado por ser filho do ex-prefeito Cesar Maia para ser Presidente da Câmara, Rodrigo Maia teve a oportunidade de revelar ao país sob todos os holofotes o perigo social que as crianças mimadas representam para a sociedade.

A psicologia já estuda o assunto há muito tempo, porém, muitos pais ainda cometem velhos erros e entregam à vida adulta filhos despreparados para lidar com as dificuldades do mundo.

Rodrigo Maia é um desses exemplares. O problema é que ele chegou longe demais e sua pirraça engessou o país durante quatro anos. Saídos da maior recessão de nossa história após a tragédia dos governos petistas, no governo Temer e, sobretudo, no de Bolsonaro foram depositadas grandes esperanças que os chefes do Executivo tentaram corresponder.

Se Michel Temer que construiu um semipresidencialismo de fato não conseguiu avançar, tanto pior para Jair Bolsonaro, cujos propósitos reformistas eram mais profundos e que ainda pretendia romper acabar com os privilégios do establishment, a quem Rodrigo serve fielmente.

No apagar das luzes dos seus quatro anos de reizinho da Câmara, ao não conseguir o que queria, Maia levou ao extremo o seu método de ação política: a pirraça. Ameaçou furar a bola porque os colegas quiseram tirá-lo do time, dizendo que pautaria o impeachment no último dia de mandato. E, para coroar de vez a sua apoteótica pirraça, anunciou que sairá do seu clubinho, o DEM.

Se após o petismo parecia que a política brasileira já teria completado o seu repositório de bizarrices no método de ação política, eis que Maia deixa uma contribuição à sua altura.

Thiago Rachid

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