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O barbudinho revolucionário de rede social e sua descomunal ignorância

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Infelizmente, as redes sociais deram voz e exposição a todo o tipo de retardados inúteis e imbecis, mas existe uma espécie dentro da fauna mitológica da rede social que se sobressai pela sua descomunal ignorância à respeito de praticamente tudo: o barbudinho revolucionário.

O barbudinho revolucionário — uma criatura excepcionalmente genérica e previsível — idolatra personagens como Fidel Castro, Che Guevara, Vladimir Lênin, Karl Marx e outras figuras histriônicas da fauna socialista, apesar dele próprio nunca ter realizado estudos profundos sobre a biografia e o contexto histórico de cada um dos seus ídolos. Se tivesse estudado, saberia que muitos dos seus venerados heróis eram quase todos de procedência burguesa.

Fidel Castro, por exemplo, nunca precisou trabalhar um único dia sequer em toda a sua vida. Como integrante da alta aristocracia cubana, ele era filho de Ángel Castro y Argiz, um rico burguês proprietário de terras, que produzia especialmente cana de açúcar, e chegou a empregar quatrocentas pessoas no auge da sua prosperidade.

Alguns anos antes do ditador cubano morrer, a Forbes avaliou a fortuna pessoal de Fidel Castro em aproximadamente 900 milhões de dólares. Friedrich Engels — o histórico parceiro de Karl Marx, que inclusive lhe sustentou com grandes quantias de dinheiro em diversos períodos de sua vida — era filho de um abastado homem de negócios da indústria têxtil. Mas é claro que o barbudinho revolucionário, caso fique sabendo desses fatos, jamais irá compartilhar essas informações. Afinal, esses fatos históricos destoam da narrativa política revolucionária que ele gosta de difundir.

Como todos os demais integrantes da seita socialista revolucionária, o barbudinho militante não tem nem sequer a mais vaga noção do que realmente produz riquezas, nunca leu um livro de história ou economia na vida — não sabe nem sequer o que é empreendedorismo —, nunca produziu um parafuso e sequer sabe como abrir uma empresa ou gerenciar o próprio negócio, mas em sua descomunal e festiva ignorância universitária, ele realmente acredita com plena convicção saber o que é melhor para toda a humanidade.

Em sua magnânima e invejável sabedoria, ele realmente acredita ter a capacidade de resolver todos os problemas existentes. É só seguir os passos de Fidel Castro, seu grande ídolo, que não tem erro. Aí, teremos um governo que será capaz de deflagrar o paraíso na Terra.

O revolucionário barbudinho de rede social, claro, nem sequer trabalha. Trabalhar é coisa de burguês explorador. Ele vive muito bem com a mesada do papai, com o cartão de crédito da mamãe e estuda na melhor universidade, que é bancada, obviamente, pelos seus pais. Ele nunca administrou uma empresa na vida, mas acredita ter conhecimento suficiente sobre como administrar um país inteiro.

É só implantar uma ditadura socialista, claro. Aí haverá "justiça social" — termo que os barbudinhos revolucionários repetem como se fosse um verdadeiro mantra ideológico — para todos. É tudo muito simples. Basta seguirmos as sugestões desta sábia e prudente figura, que todos os males da civilização serão solucionados.

Evidentemente, deflagrar o paraíso socialista começa por derrubar o capitalismo e a burguesia — da qual o barbudinho revolucionário jura não fazer parte, apesar do papai cirurgião ganhar mais de 25 mil por mês, da mamãe produtora de eventos da alta sociedade paulistana só realizar festas para executivos, diplomatas e desembargadores, a família morar em um imóvel de luxo no Jardim Europa e tirar férias três vezes por ano nos Estados Unidos, na Nova Zelândia e nos Alpes Suíços.

Depois da revolução, é só implementar a ditadura do proletariado, e então tudo será formidável, incrível, magnífico e impecável. O barbudinho revolucionário sabe das coisas. Basta fazermos tudo o que ele diz, que então o mundo será um lugar maravilhoso para se viver. De acordo com o que ele diz, estamos apenas a um passo da gloriosa utopia.

É necessário reparar que o barbudinho revoluconário chama ditadura do proletariado de "verdadeira" democracia e democracia de ditadura da burguesia. Claro, esse é um aforismo que foi escrito pelo seu grande mentor, Karl Marx. Ele simplesmente segue esse mantra; como aliás, obedece cegamente a tudo aquilo que foi estabelecido pela sua tão venerada ideologia de estimação.

Ele não quesitona, jamais, sua preciosa doutrina, o marxismo-leninismo. Para ele, essa ideologia é a verdade suprema e absoluta, e quem ousar contestá-la não passa de um burguês reacionário capitalista malvado, que precisa ir para a guilhotina imediatamente.

Mas é claro que o barbudinho revolucionário — apesar de papagaiar incessantemente o discurso contra a burguesia, como faziam os seus ídolos — não tem coragem alguma de praticar a violência. Muito pelo contrário, se uma revolução de verdade fosse deflagrada, ele seria o primeiro a se esconder debaixo da cama.

O barbudinho revolucionário é uma criatura terrivelmente previsível e genérica. Existem centenas de milhares dessa espécie. Na verdade, não há qualquer diferença substancial entre um membro dessa seita e outro. Completamente destituídos de qualquer originalidade e ideias próprias, esses moleques completamente ignorantes à respeito de absolutamente tudo não sabem praticamente nada à respeito da vida, da economia, da ação humana, de política e do que realmente gera riquezas e prosperidade.

Como crianças fascinadas por seus super-heróis favoritos, esses indivíduos querem apenas seguir os passos dos seus tão adorados ídolos.

Infelizmente, esses sujeitos genéricos e previsíveis sabem apenas repetir aquilo que viram em algum vídeo ou em alguma matéria que leram em um site qualquer. Sua revolução nunca vai além das redes sociais. Também pudera, nenhum deles nunca usou ou sequer viu uma arma na vida. Se uma revolução de verdade acontecesse, esses sujeitos iriam rapidamente buscar o refúgio seguro do papai ou o confortável colinho da mamãe.

Sorte que a maioria dos barbudinhos revolucionários possui o refúgio afetuoso e o amparo econômico de uma protetora, tradicional e financeiramente estável família burguesa, que pode lhes dar total segurança emocional, material e econômica pelo resto da vida.

A verdade é que o barbudinho revolucionário de rede social não conseguiria sobreviver uma semana em qualquer uma das ditaduras socialistas totalitárias que ele defende com tanto ardor, convicção e entusiasmo.

Assim que a fome e as dificuldades materiais começassem a afetá-lo, ele começaria a chorar imediatamente, e rapidamente suplicaria a Deus — mesmo sendo ateu (ou fingindo ser ateu, na frente dos camaradas barbudinhos revolucionários de classe média alta) — pelo colinho da mamãe ou pela carteira do papai, tão logo a dura realidade começasse a afetá-lo física e psicologicamente.

O barbudinho revolucionário de rede social é o produto da alienação ideológica de doutrinas exepcionalmente imorais, inúteis e degradantes, que não servem para absolutamente nada, a não ser para corromper jovens intelectualmente fracos e emocionalmente frágeis, que infelizmente são destituídos de sólidos alicerces espirituais e morais. O fato de que eles procedem, em sua maioria, de famílias ricas que os sustentam, contribui para que permaneçam completamente alienados sobre como funciona de fato a realidade.

O barbudinho revolucionário de rede social é um lamentável produto do marxismo cultural, que só serviu para criar um bando de jóvens militantes inúteis, afetados, histriônicos e megalomaníacos, que nunca arrumaram a própria cama, mas sabem como arrumar o mundo. Esses indivíduos estão desesperadamente precisando deixar a infância, abandonar a utopia revolucionária, crescer, arrumar um emprego e assumir responsabilidades de adultos. É lindo ser revolucionário quando se tem 12 anos de idade, mas aos 21 já é sinal de burrice patológica.

Wagner Hertzog

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