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A grande imprensa pratica "Liberdade de Censura"

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Enquanto a Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde é alvo de reportagens maliciosas, diretora do Núcleo de Direitos Humanos do Movimento Docentes pela Liberdade (DPL) tenta sair em defesa da médica e é censurada.

Na última semana de janeiro, a médica Mayra Pinheiro, que está à frente da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS), foi procurada pela equipe da revista Época. Percebeu rapidamente que outras pessoas, procuradas para se pronunciar para a mesma reportagem, eram ligadas ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

“Todas as pessoas procuradas têm relação pessoal com um ex-ministro da saúde, que fez a dois outros veículos de comunicação declarações depreciativas sobre meu trabalho e sobre a secretaria que administro. Todas as reportagens exibem o mesmo discurso sexista por meio de expressões chulas e pejorativas. Citações como ‘secretária café com leite’, ou ‘...entrava muda e saía calada’, que demonstram um preconceito velado”.

A reportagem foi publicada, com o teor de ataque pessoal que a secretária já esperava – o texto chega a apelidar a médica de “capitã cloroquina”. Cita, inclusive, uma viagem a Manaus, liderada pela doutora, para ajudar no combate à pandemia na cidade.

O texto em questão menciona a ação de forma depreciativa, quando na verdade o objetivo era monitorar a grave situação da região.

“Fui designada pelo ministro Eduardo Pazuello para realizar missão de reconhecimento das dificuldades atuais por que passa o estado do Amazonas, relacionadas ao enfrentamento da pandemia decorrente do novo coronavírus”.

Ataques recorrentes

A secretária Mayra Pinheiro afirma que recebeu com tranquilidade as reportagens que elaboram críticas preconceituosas a seu trabalho.

“Creio que as reportagens surgiram em um contexto onde incomoda a alguns poucos, o meu protagonismo nas pautas em defesa da vida e o respeito a liderança e ao trabalho do presidente Jair Bolsonaro”.

Ela assegura que “é uma honra poder gerir uma secretaria que possui, dentre outras atribuições, formular políticas públicas orientadoras da gestão, formação e qualificação dos trabalhadores na área da saúde no Brasil, além de promover a integração dos setores de saúde e educação, no sentido de fortalecer as instituições formadoras de profissionais atuantes nessa área”.

Desvalorizar a SGTES/MS, relata Mayra Pinheiro, “é negar a importância da educação, do conhecimento e o valor do capital humano qualificado para a oferta de assistência de qualidade à população brasileira”.

A secretária lembra ainda que um dos pontos que certos veículos da imprensa selecionam para provocar polêmicas é sua posição sobre o tratamento preventivo para Covid-19.

“Desde o início da pandemia, têm surgido diversas evidências sobre medicamentos novos e antigos – estes utilizados para diversas outras doenças em doses seguras – que teriam o potencial de auxiliar no quadro clínico dos pacientes com COVID-19 por meio de vários mecanismos fisiopatológicos”, destaca a médica.
“Com o objetivo de salvar vidas, não somente fármacos como esses implicados no tratamento durante a fase de replicação viral da doença, são utilizados com evidências ainda em evolução, mas também vacinas são aprovadas em regime emergencial com o nobre intuito de salvar o maior número possível de vidas humanas”, prossegue.
“A utilização dessas evidências, mesmo que em caráter ainda não definitivo – haja vista o tempo curto e a enorme necessidade de salvar vidas – torna-se elemento obrigatório no raciocínio clínico motivado pelos melhores valores profissionais em saúde, exercidos no contexto de autonomia profissional, em respeito aos princípios bioéticos e científicos”.

Censura nas redes

Em defesa da doutora Mayra Pinheiro, o movimento Docentes pela Liberdade (DPL) decidiu publicar uma Carta Aberta. Para a surpresa do grupo, o Instagram impediu a divulgação do conteúdo, alegando que haveria ali informações falsas ou prejudiciais. “Era uma carta defendendo uma médica que foi atacada!”, explica Rubenita Lessa, advogada e diretora do núcleo de direitos humanos do DPL.

A carta afirmava:

“Nós, do DPL-PI, acompanhamos de perto, desde o início da Pandemia, todos os esforços do Governo Federal, por meio do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, e de todos os profissionais sérios e comprometidos com vidas que, junto com o presidente, esforçam-se para trazer a verdade à população brasileira sobre a utilização da Cloroquina/Hidroxicloroquina no tratamento precoce da doença, que já possui mais de 50 artigos científicos publicados, comprovando cientificamente sua eficácia e desmentindo essa fatia da imprensa comprada, mal intencionada e irresponsável, que dissemina desinformação e presta um abissal desserviço à população brasileira”.

E prosseguia:

“Portanto, manifestamos aqui nosso apoio irrestrito aos profissionais de saúde de todo o Brasil, na pessoa da valente Dra. Mayra Pinheiro, que incansavelmente lutam contra a Covid-19 nos lugares mais longínquos deste país continental. Nós, docentes e profissionais das mais diversas áreas, nos unimos a eles, desenvolvendo pesquisas, promovendo debates, financiando ações solidárias e partindo em defesa da vida, certos de que, se assim nos identificamos com o nosso batalhão, aceitamos juntamente com Dra. Mayra, o título que lhe foi imposto: “Somos todos capitães cloroquina”.

Aliás, para saber mais sobre o tratamento precoce para a Covid-19, acesse https://ivmmeta.com/ e https://c19study.com.

Censura declarada

Em protesto contra a censura à carta, Lessa publicou um post no Facebook – que também foi retirado do ar.

“Acabei de ter minha publicação censurada no Instagram”, ela postou.
“Tudo porque nós defendemos o tratamento precoce contra a Covid-19. É absurdo!”.

Ambas as redes removeram as publicações e ameaçaram extinguir as contas de Rubenita Lessa.

“Ninguém mais podia ver minha publicação. Fui censurada”, ela lembra. Ela tentou logar novamente no dia seguinte, e recebeu a mensagem de que a conta estava restrita por mais quatro horas. “As redes sociais criam suas próprias leis, julgam os usuários, que são clientes delas, aplicam as punições sem direito a contraditório e ainda ameaçam com pena capital – no caso, a exclusão definitiva”, afirma a advogada.
“O curioso”, diz ela, “é que, como ativista pró-vida, sempre tento derrubar páginas que ensinam a fazer aborto. E essas páginas continuam no ar, sendo que no Brasil é crime estimular o aborto. Isso é incitar a prática de crime, o que também é crime”.

Para tentar reagir, Lessa publicou um post nos stories do Instagram, com o texto “Enquanto o Mark Zuckerberg deixa”, fazendo referência ao fundador do Facebook e proprietário do Instagram. Pois o post teve a imagem escurecida, sobrando apenas o texto. Então ela republicou, com o texto: “Mark Zuckerberg não deixa!”.

“Infame e abominável”

Como afirma o professor da Universidade de Brasília Marcelo Hermes-Lima, um dos fundadores do movimento Docentes pela Liberdade, “a censura tem a ver com a causa de reescrever a história e assim criar narrativas para o lado esquerdista. Está acontecendo o mesmo nos Estados Unidos. A esquerda quer ter o direito à ‘liberdade de censura’. É algo infame e abominável”.

Hermes-Lima lembra:

“Nos Estados Unidos há uma corrente de pensamento de que a 1ª emenda à Constituição seria coisa do passado, do século 18, de gente ultrapassada. Liberdade de expressão não caberia mais no século 21, por causa do suposto perigo das fake news e do discurso do ódio. São os dois conceitos usados para silenciar os conservadores. Hoje somos calados, amanhã seremos presos. Depois seremos fuzilados? Mas tudo bem, é em nome da paz e do amor”.

Carlos Ferraz, vice-presidente do DPL e professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), reforça:

“Nos Estados Unidos, querem ‘reeducar’ os ‘trumpistas’. Na China ainda há campos de ‘reeducação’. Essa possibilidade a meu ver existe, de nos prenderem para nos ‘reeducar’.
Se isso está sendo proposto nos USA, que já foi o centro da defesa da liberdade, que sobrará para nós?”.

“Na verdade”, ele prossegue, “mesmo os ‘founding fathers’ estão sendo ‘cancelados’. Estão tentando ‘cancelar’ a história e os fundamentos dos valores e instituições que pavimentaram o caminho para a civilização e para a prosperidade. É uma visão planificadora que pretende ‘recriar’ a sociedade e o ser humano (transhumanismo). O novo humano projetado não é livre”.

Rodolfo Haas

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