A ditadura chinesa e o ateísmo estatal institucionalizado

10/02/2021 às 20:49 Ler na área do assinante

Para a Nova Ordem Mundial triunfar, é fundamental erradicar todas as religiões. Essa é uma das razões pelas quais as elites globalistas adoram a China e possuem intenções de replicar o modelo de governo autocrático secular chinês no ocidente. Sendo uma estrutura de governo que dá total poder aos senhores do mundo, ela permanece sendo um modelo indispensável para subjugar a população, deixando a sociedade em completa sujeição ao despotismo do estado totalitário.

E o mais importante — quando falamos em repressão estatal às religiões, a China é o exemplo perfeito de como subjugar cidadãos de mentalidade espiritual, obrigando-os a serem pessoas totalmente subservientes ao estado totalitário.

A China hoje é a mais brutal, implacável e nefasta de todas as ditaduras, sendo o ateísmo marxista-leninista a política oficial de estado. Para tanto, o cerceamento à liberdade religiosa tem se tornado cada vez mais brutal, opressivo e tirânico nos anos recentes, especialmente com a ascensão do cruel e autocrático déspota Xi Jinping, o indivíduo mais poderoso da China desde Mao Tsé-tung

A destruição de templos, igrejas, congregações cristãs e a proscrição de diversas crenças religiosas — não raro acompanhadas do internamento compulsório ou da detenção arbitrária de muitos dos seus integrantes — são algumas das ignominiosas consequências que o satânico governo chinês tem reservado a pessoas de mentalidade espiritual. Atualmente, não importa a religião, cristãos, budistas e muçulmanos estão todos sofrendo perseguição por parte do despótico, opressivo, maléfico e truculento estado totalitário.

Cristãos, por exemplo, estão ficando cada vez mais constrangidos no exercício de sua fé. O governo chinês há algum tempo invadiu a integridade da liturgia da adoração para deformá-la com cânticos e símbolos pátrios seculares; o governo totalitário pretende inclusive reinterpretar a Bíblia de acordo com as diretrizes do Partido Comunista Chinês. O que é, no mínimo, uma ofensiva, bestial e cínica blasfêmia, inadmissível para qualquer cristão.

Budistas, por sua vez, continuam sendo perseguidos e massacrados no Tibete. Recentemente, centenas deles foram transferidos para campos de trabalho forçado, e a mídia ocidental, como tornou-se habitual, não se manifestou à respeito desta brutal arbitrariedade. Turcomenos uigures — uma etnia de maioria muçulmana — continuam sendo torturados sistematicamente nos campos de detenção de Xinjiang, onde foram instalados até mesmo crematórios e fornalhas industriais para incinerar os corpos de todos aqueles que morrem vítimas da tortura excruciante institucionalizada pelo estado.

Membros de uma crença conhecida como Falun Gong por sua vez são sequestrados para serem deliberadamente assassinados por agentes do estado. As vítimas são propositalmente executadas para terem seus órgãos internos extraídos, com o objetivo de abastecer o mercado negro do tráfico de órgãos. O ativista americano anti-aborto Steven Mosher afirmou ter descoberto que o governo passou a retirar os órgãos com as vítimas ainda vivas. Depravações abomináveis típicas de um estado secular ateu, que pretende ser soberano e absoluto sobre tudo e sobre todos.

Nunca existiu liberdade religiosa na China, em nenhum período ou momento da história, nem mesmo durante a era imperial. Atualmente, no entanto, as condições estão a cada dia mais opressivas para pessoas de mentalidade espiritual. A China hoje é a pior, a mais agressiva, voraz e nefasta ditadura totalitária que existe e erradicar todas as religiões é a prioridade de uma brutal e opressiva campanha de violência institucionalizada pelo estado. Se necessário for, isso acontecerá através de uma mortífera campanha de violência e extermínio executada contra pessoas religiosas.

Por que governos totalitários são hostis à religião e a espiritualidade?

Um governo totalitário busca erradicar totalmente a religião e a religiosidade dos indivíduos porque — no caso de um regime socialista marxista-leninista —, o estado tem a pretensão de se tornar deus e ocupar o lugar do deus verdadeiro na sociedade e no consciente coletivo. Em uma sociedade secular, por sua vez, que é formalmente destituída de qualquer espiritualidade, o estado torna-se deus. Portanto, é muito mais fácil dominar e controlar os indivíduos, porque assim o estado onipotente não tem que competir com a verdadeira autoridade divina.

Através de prerrogativas totalitárias, o estado tem plenos poderes para anular o verdadeiro Deus e fazer instituições seculares assumirem o seu lugar. Em um país compulsoriamente ateu, o estado efetivamente se torna deus e pode então ocupar na vida das pessoas o lugar que seria exclusivo do Deus verdadeiro, e assim exigir dos seus súditos devoção e obediência absolutas.

Para as ambições plenipotenciárias do estado totalitário, a religião e a espiritualidade dos indivíduos constituem verdadeiros obstáculos, porque essas pessoas reconhecem e obedecem a uma autoridade superior. Como o estado totalitário quer se tornar absoluto — tendo o pleno exercício da autoridade máxima sobre tudo e sobre todos —, ele precisa eliminar todos os cidadãos que reconhecem a autoridade superior de uma divindade onipotente.

O roteiro seguido por governos despóticos ateus e seculares para atingir os seus objetivos nefastos geralmente é sempre o mesmo. No ambiente político, Deus e Cristo são substituídos por políticos, a congregação cristã é substituída pelo partido político e pelas instituições de estado, os mandamentos e os regulamentos divinos são substituídos pela burocracia legalista do estado, os cânticos de louvor são substituídos pelo hino nacional e por cânticos patrióticos e a Bíblia é substituída pela constituição.

A crença em Deus é desprezível para governos totalitários porque ela funciona como uma barreira de restrição que protege os indivíduos da doutrinação e da lavagem cerebral estatal. Em um regime totalitário socialista — como a China ou a Coreia do Norte —, o Criador é substituído pelo estado e Cristo Jesus é substituído pelo ditador.

Os valores espirituais e religiosos são pervertidos e substituídos por símbolos políticos correspondentes. Isso porque o próprio estado se torna uma religião, de caráter imperativo e absoluto. Nessa questão, a Coreia do Norte é um excelente exemplo. Os dois primeiros ditadores da dinastia Kim, Kim Il-sung e Kim Jong-il — embora estejam mortos há bastante tempo —, tem seus corpos embalsamados preservados, expostos em exibição permanente no Palácio do Sol Kumsusan; ambos são louvados como se fossem deuses pela população. Essa veneração é compulsória e institucionalizada de forma oficial pelo próprio regime.

Ou seja, em um regime socialista totalitário, o indivíduo tem sua espiritualidade subjugada por uma idolatria política compulsória. Além do mais, manifestar louvor ou obediência a qualquer autoridade — além da autoridade divina — é incorrer no pecado da idolatria. Cristãos sabem perfeitamente que o pecado da idolatria deve ser evitado a todo custo.

Educar os cidadãos para serem ateus secularizados é a prioridade de governos totalitários, porque — quando uma pessoa não crê em Deus — ela normalmente estará muito mais vulnerável e suscetível à lavagem cerebral estatal. Como ela não possui educação espiritual, ela não oferecerá resistência alguma à doutrinação governamental; portanto, ficará muito mais disposta a aceitar o estado como um deus onipotente e absoluto em sua vida. Como ela não oferecerá resistência espiritual, ela será muito mais obediente ao governo totalitário e aos poderes seculares estabelecidos.

A questão primordial do contexto político mostra que governos totalitários não tem que competir com o Deus verdadeiro pela obediência de pessoas ateístas. Indivíduos de mentalidade espiritual, por outro lado, obedecem a uma ordem superior. O estado totalitário ateu deseja eliminar religiões justamente porque quer usurpar o lugar do Criador no coração das pessoas, com o propósito de substituí-lo. Na prática, regimes ditatoriais não desejam competir com a autoridade divina e por isso realizam um grande expurgo de pessoas religiosas, aonde quer que elas estejam.

Lamentavelmente, é exatamente isso o que está acontecendo atualmente na China totalitária socialista do despótico, opressivo e irascível ditador Xi Jinping. Isso é realizado com o objetivo de, em breve, implementar essa forma de governo no mundo inteiro, através de uma autocracia global tirânica e secular, que — da mesma maneira — possivelmente se dedicará a eliminar todas as religiões. Estamos vendo na República Popular da China apenas a primeira etapa desse grande expurgo.

Todos os acontecimentos geopolíticos recentes indicam que uma Nova Ordem Global está se configurando e em breve ela irá dominar o mundo. Como o cientista político David Rothkopf escreveu em um de seus livros, o mundo inteiro é governado por uma elite de 6000 pessoas, que definem absolutamente tudo sobre todas as coisas. E elas trabalham diariamente para concentrar cada vez mais poder e controle nas organizações e instituições comandadas por elas. Não obstante, não devemos cultivar o medo ou a aflição. Sentimentos negativos são contraproducentes. No final, o triunfo pertence àqueles que sempre souberam para onde este sistema caminha e qual será o seu irremediável fim.

Wagner Hertzog

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