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PF investiga um série de crimes como tráfico e lavagem de dinheiro através de aviões da FAB

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A operação ‘Quinta Coluna’, deflagrada em 02 de fevereiro deste ano, investiga a vida financeira dos envolvidos em um esquema de tráfico internacional de drogas, com o uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira.

Entre os investigados está o sargento da FAB Manoel Silva Rodrigues, preso em 2019, quando levava cocaína para a Espanha.

Segundo as informações apuradas, Manoel e a esposa, Wikelaine Nonato Rodrigues, tinham gastos muito acima do orçamento do casal, incluindo reformas no apartamento, compra de uma motocicleta realizada em dinheiro, e até gastos feitos em ‘baladinhas’ em casas de swing.

Outro investigado é Jorge Luiz da Cruz Silva, também militar da FAB, que seria o responsável por recrutar ‘mulas’ para transportar os entorpecentes, e que estava lotado no gabinete do vice-governador do DF, Paco Britto, mas foi exonerado logo após a operação da PF.

Conforme informações recolhidas do aparelho celular de Wikelaine, tanto ela quanto Jorge participaram das atividades ilícitas, auxiliando Manoel.

Suspeito de ser um dos donos do entorpecente que foi apreendido durante a prisão de Manoel, Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, conhecido como ‘Chico Bomba’, também está sendo investigado. Segundo a PF, seus negócios serviriam para lavagem de dinheiro do tráfico e seu crescimento patrimonial, de mais de R$ 3,3 milhões, não possui comprovação da origem dos rendimentos. Entre os bens do investigado estão duas propriedades milionárias, avaliadas em R$ 1,6 milhão e R$ 2,3 milhões, e um veículo Mitsubishi ASX, comprada por R$ 101,5 mil.

Segundo as apurações feitas pela PF, os pagamentos dos bens adquiridos eram feitos em espécie, e apontam fortes indícios de lavagem de dinheiro.

Também são investigados pela operação o traficante Michelle Tocci, conhecido como ‘Barão do Ecstasy’ e ‘Augusto Cesar de Almeida Lawall, ambos suspeitos de serem proprietários do entorpecente apreendido na aeronave militar com Manoel, em 2019.

A FAB emitiu nota oficial sobre a operação:

“O Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado no âmbito do Comando da Aeronáutica para apurar o caso do sargento detido no aeroporto de Sevilha, Espanha, em 25 de junho de 2019, foi concluído dentro do prazo. Os autos foram encaminhados para a Auditoria Militar competente, que enviou para o Ministério Público Militar, a quem coube oferecer a denúncia, estando a ação penal em curso, conforme determina o Código Processo Penal Militar.
A Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal atuaram conjuntamente desde o início das investigações e, na data de hoje [2/2], militares apoiaram o cumprimento de diligências necessárias ao prosseguimento da investigação de crimes de competência daquela força policial.
A FAB atua firmemente para coibir irregularidades e reitera que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional.”

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