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Embates

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O embate entre o Bem e o mal existe desde que o mundo é mundo, já passou por tantas fases, que de uns tempos pra cá, realmente chegamos a acreditar que quem estava nadando de braçada era o lado negro da força.

Podemos citar inúmeros fatos, desde os históricos até os pequenos infortúnios do dia a dia, que nos esfregam na cara a propagação do mal, em diferentes níveis, de variadas formas.

Apoiados no marketing do “quanto pior, melhor”, estamos cada dia mais desacreditando que resta alguma chance de mudar a situação das coisas, que haja alguma luz no fim do túnel.

Afinal, hoje nada nos escapa ao conhecimento, tudo está aí, pra quem quiser ver, viver, experimentar, opinar e por conta disso, já não há papas na língua, não se leva desaforo pra casa, resolvemos tudo ali, no momento, no calor da discussão para mostrar que estamos engajados na moda do “quero ver o pau torar”, ou como já dizia o pessoal do Raimundos: “Eu quero é ver o oco”.

Sim, porque é isso que dá o destaque para uma primeira página, é isso que bomba nos trend topics, é o que faz disparar o número de curtidas – favoráveis ou não, o negócio é aparecer! “Não importa qual a maneira, eu preciso me sobressair!”

Por que? Porque é a mídia a qualquer custo, é lucrar em cima da dor alheia e que atualmente alimenta vampiros à espera da reportagem diária sobre a violência no trânsito, o mais recente caso de estupro, a notícia fresquinha sobre mais um caso de animais maltratados, enfim... Proliferam na TV brasileira e em outros tantos veículos de comunicação, o jornalismo de quinta categoria, onde a tônica é o horror, as mazelas, o desespero, a indiferença.

E assim, vamos sendo engolidos, esmagados, consumidos por fatos e acontecimentos bizarros, inacreditavelmente desumanos, propositadamente chocantes e cruéis, que chegam a embrulhar o estômago, além de trazer revolta e um constante sentimento de apatia e desesperança.

Pois bem! Apesar de todo esse cenário apresentado acima e que é dolorosamente palpável e real, quero comunicar que há sim, um outro time em campo, que a princípio parece de uma pessoa só.

Há esse time que faz um incansável trabalho de formiguinha, com milhares de pequenas operárias fazendo sua lição de casa de acordo com a Apostila daquele Professor, lembra? Neste caso, a “apostila” é com A maiúsculo mesmo, assim como a palavra “professor”, tamanho é o Seu legado.

Me diga, o que você aprendeu com Ele? O que você faz para não esquecer o que foi ensinado? Você é capaz de passar o que aprendeu? Questões bem interessantes!

Confesso que, por vezes, parece que boa parte dos alunos não estava presente nas aulas, é verdade... Mas se olharmos com olhos de ver e coração de sentir, poderemos presenciar fatos incríveis acontecendo ao nosso redor - pequenos porém consistentes - como a mais recente iniciativa que tomei conhecimento: recebi de uma amiga muito querida a sugestão de levar dentro do carro um casaco, pois não sabemos quando vamos nos deparar com alguém sem algo para se agasalhar.

Outro exemplo bem interessante: foi criada uma comunidade virtual exclusivamente feminina, onde as palavras de ordem são: o colaborativo, a solidariedade, a caridade, enfim, a ajuda mútua em todas as áreas. 

Elas têm se ajudado de muitas formas: documentos perdidos, aviso de vagas de emprego, indicação dos mais variados serviços, apoio para as dores de cotovelo, comunicado de assalto, busca de um lar para os pets abandonados, receitas de bolo e por aí vai.

Também já li a respeito das geladeiras coletivas, as mobilizações sérias em prol de causas sociais, ambientais, ou seja, o Bem atuando das mais diversas formas, unindo cada vez mais um maior número de pessoas, principalmente através das redes sociais, onde se reconhecem como parte integrante, com sentimento de pertença e partem para a ação coletiva.

Todos conhecem a iniciativa do sopão, presente em grande parte das cidades brasileiras, que leva o alimento precioso aos mais desvalidos; assim como a visibilidade da campanha de doação de sangue, de medula, de órgãos; estas empreitadas vêm obtendo grande êxito e trazendo esperança a tantas pessoas de lugares distantes, até mesmo fora do país.

Acredita que é em terras distantes que se faz necessária a sua colaboração, seu empenho, sua dedicação? Ótimo! Um leque de opções está à sua disposição, é só pesquisar!

Hoje em dia, não há mais desculpas! Tanto no coletivo, como no individual, você sempre pode fazer algo para propagar o Bem.

A dica é: o mal existe, não se deixe contaminar por ele.

O Bem está aí, ao alcance da sua mão, use à vontade. Sem restrições. 

Luciana Brandalize

                                    https://www.facebook.com/jornaldacidadeonline

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Luciana Brandalize

Articulista e redatora que transforma sentimentos em palavras. 

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