Fotomontagem reprodução
Foi estarrecedor o que aconteceu na Câmara dos Deputados. Como já era de se esperar, a esquerda em peso - aqueles mesmos que passaram décadas falando em democracia e liberdade de expressão, votou a favor da manutenção de Daniel Silveira. Traíram o próprio discurso, que aliás, nunca convenceu ninguém mesmo. Dos ratos e baratas que infestam os esgotos políticos do Brasil nada podia se esperar mesmo.
Surpreendente foi ver deputados do próprio PSL contra Daniel Silveira. Joice Hasselmann, com sua raiva incontida de qualquer bolsonarista, impulsionada por um rancor desmedido e movida pelo revanchismo por ter seu mau-caratismo descoberto, e com isso ter sido preterida, usou do seu voto contra um colega de partido, ajudando a condená-lo por aquilo que no passado ela cansou de fazer. Outros deputados igualmente estúpidos fizeram o mesmo, a mando do seu mestre maior, o demoníaco Luciano Bivar.
O que se votava era contra o abuso de autoridade dos Ministros do Supremo e a prisão feita de forma ilegal, com um instrumento ilegal.
Se votava contra mais uma prisão sem o devido processo legal, e desprezando todos os princípios jurídicos, democráticos e republicanos da ampla defesa e direito ao contraditório.
Se votava contra a prática medieval da masmorra ao "inimigo do Rei".
Daniel se excedeu? Ora, então que respondesse ao Conselho de Ética! Mas o que fizeram foi nomear o STF como governo absoluto e imaculável. Afiaram a espada de Moraes e outras vítimas do autoritarismo e da ditadura do judiciário surgirão.
Dólares na cueca, milhões em apartamento, assassinato de marido... Nada disso tem qualquer relevância para o STF. O problema é alguém expressar aquilo que milhões de brasileiros - a maioria - falam todos os dias.
Os 364 deputados que votaram contra Daniel agiram como ratos. Foram baixos, pequenos e mesquinhos. Se eles não conseguem defender nem mesmo um colega, imagine se são capazes de defender o interesse do povo brasileiro!
Mas sabe o que é pior? Muitos serão reeleitos, porque o Brasil é um país chamado "Covardia", e ela começa entre nós.
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Marcelo Rates Quaranta
Articulista