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A ignorância da “professora” se revela ao mandar que alunos retratem Bolsonaro como “palhaço” (veja o vídeo)

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Há pouco, assisti ao vídeo da "professora" de história da Escola Agrícola de Três Pontas-MG, onde manda que os alunos retratem Bolsonaro como um palhaço.

Apesar da clara intenção de doutrinação de alunos da educação infantil, o caso me fez "divagar" sobre a educação brasileira: O quão irônica pode ser a mistura de ignorância e hipocrisia de alguns docentes.

Veja o vídeo:

A primeira ironia vem do fato de que, ao defenderem as aulas remotas, inevitavelmente, estão defendendo um modelo que deixa registrado TUDO que falam para os alunos. Já apontei isso, em outro texto, como uma "vantagem" da pandemia: Temos UM ANO de registros de aulas de TODOS os professores do país. Os doutrinadores, que aproveitavam do público cativo dos alunos para fazer propaganda ideológica e arrepiavam com a hipótese de terem suas aulas gravadas, agora não têm outra opção.

São acompanhados em tudo o que dizem para os nossos filhos.

A segunda ironia é a docente ser chamada de "professora". Não é. "Professor" deriva de dois termos do latim.

O primeiro, "Professus", vem do verbo "profitare"; em português: "professar"; e significa "aquele que declara publicamente". Uma pessoa que usa seu cargo (público, vale ressaltar) para doutrinar crianças, de maneira COVARDE, em vez de lecionar a matéria pela qual é paga, não pode ser chamada de "professus". É apenas uma estelionatária, que frauda o Erário ao receber seu salário e não cumprir sua função.

A segunda derivação é do termo "professor.oris". Em tradução livre: "Aquele que se dedica". Outra característica que não encontramos na docente; tanto pela falta de compromisso para com sua função profissional, quanto por seu total desconhecimento sobre a matéria que deveria lecionar - que mostrarei a seguir. Não se dedica então ao trabalho, ao conhecimento, ao aprendizado ou ao ensino.

Seu desconhecimento histórico fica evidente ao comparar Bolsonaro a um "palhaço", de forma pejorativa. Mostra, então, toda a sua ignorância histórica acerca do assunto.

"Palhaço" vem do italiano "pagliaccio", que por sua vez deriva de "paglia"; "palha", em português. O termo foi cunhado junto ao surgimento da "figura", entre os séculos XV e XVI, dentro da "commedia dell'arte"; um movimento cultural que se opunha à "comédia erudita", trazendo para o público peças improvisadas, de roteiro simples, que invariavelmente zombavam com a "elite intelectual".

A palha, que deu origem ao nome, era o material que revestia os figurinos acolchoados dos atores, deixando-os protegidos das quedas.

Segundo Renato Ferracini, professor da pós-graduação em Artes Cênicas da Unicamp, em seu livro "A Arte de Não Interpretar Como Poesia Corpórea do Ator": "O palhaço é lírico [...]. O palhaço não interpreta, ele simplesmente é. Ele não é um personagem, ele é o próprio ator expondo-se."

Sendo assim, considerando que o palhaço surgiu dentro de um movimento que se opunha e ridicularizava a sofisticada elite intelectual dominante; o palhaço era "blindado" por sua vestimenta, deixando-o protegido de quedas; o palhaço não interpreta, não cria um personagem, mas expõe-se verdadeiramente como é; então podemos considerar Bolsonaro o maior palhaço que já surgiu na política brasileira. Um palhaço que, em linguagem simples e direta, desnuda toda a hipocrisia da "Torre de Marfim".

Mal sabia a docente militante, que já estabelecemos não ser digna de ser chamada de professora, o quão certa ela estava, mesmo sem querer. Só me resta, então, deixar-lhe o conselho que seus pares adoram vociferar nas redes sociais: Vá estudar história!

"O verdadeiro professor defende os alunos contra a sua própria influência." (ALCOTT, Amos Bronson)

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Felipe Fiamenghi

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